@MASTERSTHESIS{ 2013:210109089, title = {HANSENÍASE NO ESTADO DO MARANHÃO:análise das estratégias de controle e os impactos nos indicadores epidemiológicos}, year = {2013}, url = "http://tedebc.ufma.br:8080/jspui/handle/tede/1035", abstract = "As estratégias de controle da hanseníase vêm se aprimorando ao longo das décadas. No entanto, em 2012, o Brasil ainda detinha o maior número de casos de hanseníase das Américas (93%) e ocupa o segundo lugar de casos no mundo, atrás da Índia e à frente da Indonésia. Fortalecendo tal estatística encontra-se o Maranhão, 4º colocado do Brasil em detecção de casos novos, 3º em menores de 15 anos de idade e no geral mais prevalente do nordeste. Este trabalho teve como objetivo analisar os indicadores epidemiológicos recomendados para monitoramento e avaliação, descrevendo as estratégias de controle da hanseníase no Estado do Maranhão. Desta forma, desenvolveu-se um estudo ecológico exploratório, da evolução temporal dos indicadores epidemiológicos da hanseníase e das políticas públicas de controle da endemia no período de 2002-2011. Quanto às estratégias de controle, observou-se que o Estado segue as recomendações do Ministério da Saúde, no entanto, com baixa resolutividade, pelas dificuldades politico- administrativas e sociais na qual o Estado se encontra. Identificou-se os principais indicadores epidemiológicos e operacionais da hanseníase, no qual se pôde observar um padrão de tendência decrescente de detecção de casos novos com significância estatística forte (R2=0,83; P<0,0001). Por outro lado, a proporção de casos novos multibacilar revelou-se em tendência inversa (R2=0,95; P<0,0001). Deve ser destacada a manutenção no valor de proporção de casos com grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico gerando uma tendência estável no decorrer da série do estudo. A análise mostrou ainda que o coeficiente de casos novos no Maranhão foi significativamente maior 74,3/100.000 que a média no país de 24,9/100000, apresentando RR=2,96, IC95%: 1,88-4,66; p<0,0001; seguiu na mesma trajetória o coeficiente de casos novos em menores de 15 anos e o coeficiente anual de prevalência. Com relação às covariáveis de detecção de casos, chama atenção à queda da diferença entre os sexos, mesmo mantendo-se uma diferença significativa com relação ao sexo masculino OR=2,36 [IC95%2,28-2,46]; p<0,0001, e a estagnação da razão prevalência e incidência. Observou-se, também, a manutenção do número de municípios em situação hiperendêmica nos cinco biênios do estudo e no período total, fazendo com que os resultados apontassem um padrão de concentração de casos nas regiões noroeste, ainda não apontada por outros estudos, central e oeste do Estado, demonstrados através de uma visão dos períodos de estudo e mapa em bolhas que conseguem passar uma real dimensão da endemia em cada município analisado. Sendo assim, o estudo revela que mesmo com as estratégias de controle da hanseníase passando por constantes processos de maturação, esta prossegue como uma doença negligenciada, hiperendêmica, com diagnóstico tardio na área de estudo, sem perspectiva de exaurir estes casos nos próximos anos, levando a crer que os processos de avanços sociais e reorganização das políticas públicas sejam o grande passo para o alcance da meta de controle da doença.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E AMBIENTE/CCBS}, note = {SAÚDE E MEIO AMBIENTE} }