@PHDTHESIS{ 2013:1661595797, title = {A POLÍTICA BRASILEIRA DE INCLUSÃO DIGITAL NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO: o elo perdido do Programa Casa Brasil}, year = {2013}, url = "http://tedebc.ufma.br:8080/jspui/handle/tede/781", abstract = "Pesquisa avaliativa do Programa Casa Brasil. Análise dos fundamentos de ordem política, ideológica, econômica, social, institucional e cultural que condicionaram o processo de formulação da política brasileira de inclusão digital e a dinâmica da implementação do Programa Casa Brasil, tendo como referência empírica, a título de ilustração, a experiência da Unidade do Anjo da Guarda, em São Luís-Maranhão. Para tanto, realizamos uma abordagem crítica da ação do Estado, na atual fase do neoliberalismo, como forma de explicar a sustentação do discurso da propalada Sociedade da Informação no panorama brasileiro. Além disso, enfatizamos como a inclusão digital é compreendida a partir do fascínio provocado pelas novas Tecnologias de Informação e de Comunicação que se manifestam em um discurso tecno-ufanista a respeito das possibilidades de inclusão social, sobretudo em países periféricos, como é o caso do Brasil, e, especificamente, do Maranhão. Também discutimos como a relação orgânica entre o Estado e o capital, impulsionada pela ideologia neoliberal, compôs a estrutura que instaurou os fundamentos da política brasileira de inclusão digital. Constatamos que a origem dessa política na atual conjuntura brasileira decorreu da ação ideológica advinda do Estado e do capital, influenciada pelo fetichismo das novas Tecnologias de Informação e Comunicação no capitalismo contemporâneo, ao se apresentar como um projeto capitalista de ajuste do Estado brasileiro às pressões políticas dos países desenvolvidos e dos organismos internacionais, cujo objetivo principal consistia em inserir o país na economia mundial globalizada. Fez-se necessário apresentarmos a concepção de inclusão digital que os teóricos da ideologia apologética defendem no âmbito dessa política e do Programa Casa Brasil, assim como apresentar a nossa própria compreensão, ao defender uma concepção de inclusão digital cuja ideologia esteja realmente comprometida com a classe trabalhadora, a partir de um projeto de emancipação humana. Também foram analisados os elementos constitutivos do programa, dando merecido destaque aos termos: geração de trabalho e renda, economia solidária, desenvolvimento sustentável, acesso e produção de informação e conhecimentos, popularização da ciência e da arte, ampliação da cidadania e ação da sociedade civil, desmistificando o conceito que cada termo desse representa no contexto da ideologia dominante. Identificamos, ainda, os mecanismos de participação e controle social do Casa Brasil, o que requereu enfatizar as abordagens de diferentes autores e matrizes conceituais a respeito do controle social, da gestão participativa e dos conselhos gestores. Verificamos que, em seu processo de implementação, o Programa Casa Brasil apresentou-se ineficaz por deparar-se com obstáculos que dificultaram o alcance dos seus resultados. Além disso, tal proposta, por mais interessante e adequada que tivesse sido em nível micro, não teve como pretensão romper com a lógica da ordem estabelecida. Concluímos, assim, que o Programa Casa Brasil não se configurou como um programa de inclusão digital, cuja proposta estivesse pautada na emancipação humana da classe trabalhadora, mas, sim, na preservação e expansão do capitalismo, tendo em vista que seus elementos constitutivos sustentavam a lógica da exploração capitalista, favorecendo os interesses da classe dominante.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS/CCSO}, note = {Políticas Públicas} }