@MASTERSTHESIS{ 2015:367703448, title = {De profissional da saúde a acompanhante e paciente: do outro lado do cuidado}, year = {2015}, url = "http://tedebc.ufma.br:8080/jspui/handle/tede/699", abstract = "No âmbito das profissões cuidativas, o cuidado deve se dar numa dimensão subjetiva e humanizada, ultrapassando a unicidade técnica. Entretanto, práticas superficiais, massificadas e despersonificadas comprometem sua qualidade. Exposto a riscos, o paciente tem exacerbados sentimentos de insegurança e incerteza, podendo estar mais potencializados quando quem está na posição de paciente ou acompanhante de familiar é o profissional de saúde. A partir dessas assertivas, o presente estudo objetiva compreender como os profissionais de saúde vivenciaram as experiências de paciente ou de acompanhante de familiares nas relações de cuidado decorrentes do processo de adoecimento. Pesquisa exploratória descritiva, com abordagem qualitativa. Os participantes enquadraram-se nos critérios de inclusão de serem profissionais da saúde e terem vivenciado um processo de internação hospitalar devido a algum problema de saúde próprio ou de algum familiar. Todas as participantes eram do sexo feminino, sendo 8 enfermeiras, 7 técnicas de enfermagem, 1 médica e 1 fisioterapeuta, totalizando 17 participantes. Foram abordadas conforme a técnica metodológica snowball ou bola de neve , segundo a qual participantes iniciais, componentes da rede social da pesquisadora, indicaram outros participantes que vivenciaram situação semelhante e assim, consecutivamente. A pesquisa não se desenvolveu em local específico, mas em diferentes locais definidos em comum acordo entre pesquisador e pesquisados. A coleta de dados se deu entre julho de 2014 e abril de 2015 por meio de entrevista não estruturada, cuja análise foi apoiada nos preceitos da Análise Temática e no referencial teórico da Teoria da Incerteza de Mishel. A codificação temática desvelou 11 temas: Marcadores da vivência do profissional no processo de adoecimento e hospitalização; Desqualificadores do cuidado: produzindo insegurança, angústias e incertezas; Melhor o não saber: o conhecimento produzindo medo, angústias e insegurança; Estratégias qualificadoras para as relações de cuidado, produzindo suporte e segurança; Valorização do profissional assistente perante reconhecimento de práticas de cuidado; Estratégias de enfrentamento da hospitalização de um familiar; Usufruindo de benefícios atribuídos à condição de profissional da saúde; Papéis e funções do profissional no processo de adoecimento e hospitalização de um familiar; Adversidades do profissional acompanhante: estigmatização e comprometimento do cuidado; Significados e sentimentos inerentes ao Ser acompanhante; Do outro lado do cuidado: vivência como paciente/acompanhante influenciando a prática profissional. Os resultados demonstraram que o conhecimento do profissional proporciona exacerbação de medos e incertezas, ao mesmo tempo que impulsiona tomada de atitudes e decisões, evidenciando, assim, uma dicotomia comportamental. A desinformação, a sombriedade de diagnósticos, terapêuticas e procedimentos e relações de cuidado comprometidas põem em risco a qualidade do cuidado, exacerbando incertezas; em contrapartida atenção, diálogo e envolvimento profissional a minimizam. Posturas de coping são adotadas, a fim de que o indivíduo consiga, por meio da mobilização de estratégias, enfrentar e adaptar-se ao que se apresenta. Destarte, experimentar sentimentos e necessidades próprias do momento repercutiu sobremaneira na vida dos profissionais da saúde, oportunizando reflexão, reavaliação e reajustes das próprias condutas laborais.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM/CCBS}, note = {Ciências da Saúde} }