@MASTERSTHESIS{ 2021:1376599998, title = {Fauna e ecologia de endoparasitas de anuros do bioma Cerrado, nordeste do Brasil}, year = {2021}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4979", abstract = "O Cerrado brasileiro é um dos maiores hotspots do mundo, sofrendo com perda e fragmentação de hábitat e abrigando espécies endêmicas de anuros. Os anuros são hospedeiros de uma grande diversidade de endoparasitas, com os quais estabelecem relações ecológicas importantes. No entanto, o Leste Maranhense, composto majoritariamente pelo Cerrado, é uma região com total escassez de estudos quanto a endoparasitas de anuros. Este estudo teve como objetivo conhecer a fauna e aspectos ecológicos de endoparasitas associados à 18 espécies de anuros do Cerrado do Leste Maranhense, Nordeste do Brasil. Os anuros foram capturados por meio de busca ativa, eutanasiados e analisados quanto a endoparasitas. Para os parasitas, calculamos os descritores quantitativos, o índice STD* de especificidade e o Índice de Discrepância de Poulin. Por meio de um Modelo Linear Generalizado Misto, testamos a influência de características biológicas dos hospedeiros e parasitas sobre os dois índices e sobre a abundância de parasitas. Como resultados, encontramos 12 táxons de endoparasitas, sendo 8 Nematoda, 3 Acanthocephala e 1 Cestoda. Physaloptera sp., Aplectana sp. e Rhabdias sp. foram os nematoides mais comuns na taxocenose de anuros, corroborando com outros trabalhos que mostram esses gêneros como dominantes na comunidade. Em particular, além de infectar 9 espécies hospedeiras, Acanthocephala teve uma prevalência relativamente alta em comparação com trabalhos realizados em outras localidades. Isso pode estar associado à dieta dos hospedeiros, já que os acantocéfalos dependem de ingestão de artrópodes pelos anuros para sua transmissão. Apresentamos também 22 novos registros de hospedeiros, ampliando o conhecimento acerca da fauna de endoparasitas de anuros do Brasil. O índice de especificidade variou de 1 a 3, em que Oncicola sp. foi o parasita mais específico da comunidade. Os parasitas heteroxenos foram mais específicos que os monoxenos. Isso pode ser um reflexo da necessidade dos parasitas heteroxenos em selecionar hospedeiros intermediários adequados, resultando em uma gama de hospedeiros definitivos mais restrita. Observamos também que quanto menos específico o parasita maior a sua prevalência. Isso pode estar associado à possibilidade dos parasitas generalistas infectarem hospedeiros próximos filogeneticamente e com semelhanças imunológicas entre si, diminuindo os custos de adaptação. Em geral, os parasitas se mostraram agregados espacialmente, mas entre as características testadas, nenhuma explicou os níveis encontrados, indicando a atuação de outros fatores gerando heterogeneidade de exposição e susceptibilidade. Hospedeiros com maior massa e CRC foram mais parasitados. Os recursos oferecidos por anuros maiores, bem como sua dieta e idade favorecem uma maior abundância de parasitas. Já os machos tiveram maior abundância parasitária que as fêmeas, indicando que particularidades fisiológicas e ecológicas do sexo tornam os machos mais susceptíveis e expostos aos parasitas.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIODIVERSIDADE CONSERVAÇÃO/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA/CCBS} }