@MASTERSTHESIS{ 2023:829999950,
 	title = {“Entre a véspera e o porvir”: a tradição das Musas na poesia de Geraldo Carneiro},
 	year = {2023},
 	url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4841",
 	abstract = "Através da leitura de Poemas Reunidos (2010), de Geraldo Carneiro, é possível verificar
 uma variedade de formas que a Musa apresenta, fazendo referência, direta ou
 indiretamente às deusas inspiradoras de tradições anteriores. Tendo isso em vista, esta
 dissertação tem como objetivo analisar os modos e motivos das Musas na poesia de
 Geraldo Carneiro, verificando conexões estabelecidas com outros autores por meio de
 diálogos intertextuais e assinalando o que há de particular no uso do tema. Para isso, de
 início são discutidos os usos emblemáticos da imagem das Musas, que vão da tradição
 arcaica à Poesia Marginal brasileira dos anos de 1970, perpassando pela poesia de Dante,
 Petrarca, Camões, Álvares de Azevedo, Fernando Pessoa, Manuel Bandeira e Antonio
 Carlos Secchin, a fim de traçar, de modo sucinto, um mosaico de variações que o tema
 recebeu ao longo da história da poesia ocidental. As características aqui assinaladas são
 importantes para a compreensão do topos, pois as camadas de significações que recebe
 ao longo dos tempos ajudam a formar a ideia de Musas e inspiração que desemboca na
 poesia de Geraldo Carneiro. No segundo momento, a pesquisa discute o conceito de
 “êxtase”, tradicionalmente associado à ideia de inspiração. A questão será abordada a
 partir do texto “O sujeito lírico fora de si”, de Michel Collot, como forma de pensar o
 movimento de “sair-se de si” em uma outra perspectiva, ensejando a pergunta norteadora
 do segundo capítulo: “como pensar a saída de si para se conectar com o outro?”. A
 hipótese que se levanta é que o eu lírico carneiriano faz do contato com outros modos de
 pensar a Musa sua mola propulsora de trabalho com o topos. No terceiro capítulo são
 analisados os perfis que as Musas assumem na poesia de Geraldo Carneiro, tomando a
 identidade de deusas, de musas-mulheres e da própria poesia. Por fim, delineiam-se
 características da poética de Geraldo Carneiro, demonstrando seus percursos e variações
 no trato com o tema no decorrer dos seus quarenta anos de produção poética. É possível
 verificar, ao longo da pesquisa, que pensar as Musas envolve refletir a respeito da própria
 poesia, sua produção e valores. O aporte teórico da dissertação é composto,
 principalmente, pelos diálogos Fedro e Íon de Platão, Teogonia de Hesíodo, assim como
 o estudo introdutório “O mundo como função de Musas” escrito por Jaa Torrano na
 edição de 2005, A herança de Apolo de Geraldo Cavalcante, Literatura europeia e Idade
 Média latina do Ernst Robert Curtius, O espelho e a lâmpada de Meyer Howard Abrams,
 A outra voz do Octavio Paz e a tese “A máquina do mundo requebrada: poética,
 metapoesia e intertextualidade em Geraldo Carneiro” de Leonardo Vivaldo.",
 	publisher = {Universidade Federal do Maranhão},
 	scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - Campus Bacanga},
 	note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH}
}