@PHDTHESIS{ 2023:951694488, title = {Enfrentamento da pandemia de covid-19 no estado do Maranhão: a reorganização da Rede de Atenção à Saúde na perspectiva dos municípios}, year = {2023}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4799", abstract = "Introdução: A pandemia de covid-19 teve origem em Wuhan, na China, em dezembro de 2019; e impactou fortemente os sistemas de saúde. Os países adotaram medidas de caráter urgente para suprir a demanda por leitos hospitalares, conter a velocidade da transmissão do vírus SARS-CoV-2, bem como descobrir/produzir imunizantes em tempo ágil a fim de vacinar a população. O Brasil, que tem um sistema de saúde universal, o Sistema Único de Saúde (SUS), foi bastante acometido. O estado do Maranhão, um dos mais pobres do Brasil, foi um dos primeiros a adotar providências em todos os níveis, do sanitário ao social, para controlar a pandemia. Objetivo: Analisar a reorganização da Rede de Atenção à Saúde do Maranhão no enfrentamento da pandemia de covid-19. Método: Trata-se de um estudo ecológico, de base exploratória, que teve como população os 217 municípios do estado. A coleta de dados foi realizada no período de junho a agosto de 2021 com o envio dos questionários para o endereço eletrônico das secretarias municipais de saúde. A plataforma usada para aplicação do questionário foi o Google Forms®, na qual o instrumento foi digitado e disponibilizado. O questionário teve 87 questões formuladas de acordo com os componentes da estrutura operacional da RAS: APS, pontos de atenção secundária e terciária, sistema de apoio, logístico e de governança. Além disso, foram coletados dados sobre leitos hospitalares e intensivos na base de dados do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) e informações sobre quantitativo de Equipes de Saúde da Família (eSF) na base SCNES, relativamente ao período de dezembro de 2019 (pré-pandemia) a agosto de 2021 (durante a pandemia). Resultados: Participaram 198 (91,2%) municípios dos 217 que compõe o estado, o que corresponde a 94,5% da população total do estado (6.760.979 pessoas). Os resultados demonstraram que a APS atuou como protagonista em relação a fluxos, orientação e acompanhamento a pacientes suspeitos e confirmados. No que se refere aos pontos de atenção secundária e terciária, houve aumento expressivo de leitos hospitalares e complementares. Constatou-se correlação positiva entre IDH-M e serviços ofertados (r=0,293; p<0,001); cobertura eSF e ampliação de profissionais (r=0,162; p<0,023); correlação negativa entre cobertura eSF e consultas na Atenção Básica (r=-0,210; p<0,003). A vacinação ocorreu com participação dos agentes comunitários de saúde (ACS) na realização de cadastros (73,2%) e comunicação sobre vacinação à população (95,4%). Houve variação nas macrorregiões, influenciada pelo IDH-M em estratégias que requerem logística. Municípios com menor IDH apresentaram maior cobertura de eSF, com menor utilização de meios de comunicação. Conclusão: Pode-se concluir que a APS se torna imprescindível para o controle de situações epidêmicas. Porém, a articulação com outros pontos da atenção e suporte de apoio são igualmente importantes para o fortalecimento das ações destinadas a responder aos problemas de saúde da população, especialmente em cenários de epidemias. Investir em estratégias de comunicação e suporte logístico e de apoio, além de favorecer a adesão da população e o registro de informações, pode contribuir para campanhas vacinais eficazes.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA/CCBS} }