@MASTERSTHESIS{ 2023:2070230177, title = {O ódio nas redes sociais: uma investigação psicossocial à luz da teoria dos afetos de Espinosa}, year = {2023}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4787", abstract = "Há alguns anos uma série de autores percebem uma crescente exacerbação do ódio nas redes sociais digitais, manifestada em sujeitos que incitam discursos e práticas de ódio ao outro. A partir da teoria dos afetos de Espinosa, podemos conceber esse ódio ao outro praticado como o afeto da tristeza enquanto somos conscientes disso, gerado por uma compreensão limitada, baseada apenas nos afetos oriundos de signos ou imagens que nos afetam, diminuindo nossa potência de agir e enfraquecendo o nosso conatus. Diante disso, questionamos: quais elementos atravessam a produção de subjetividades movidas pelo ódio nas redes sociais digitais? A fim de responder, a metodologia utilizada será a revisão bibliográfica de obras de Espinosa, de seus comentadores, além de estudos psicossociais sobre as redes sociais na contemporaneidade. A análise das subjetividades atravessadas pelo afeto do ódio partiu das redes sociais Facebook, Instagram, Twitter, YouTube e WhatsApp, onde constatamos que esse movimento na internet, de utilizar as redes sociais para propagar suas subjetividades odientas, resvala na superficialidade que estes usuários estão imersos, fruto da ignorância oriunda do primeiro gênero do conhecimento e das suas imagens e signos que são elementos falsificadores da imaginação e que atravessam essas subjetividades nessas plataformas, principalmente a partir da eliminação e do afastamento daquilo que diminui a sua potência de agir e existir. As redes sociais dão a estes usuários uma ideia ilusória, que nada mais é do que o algoritmo que controla as informações que essas pessoas recebem. Essa ideia ilusória resulta nestes usuários o afeto da alegria, flutuante e provisória, pois basta que outra imagem que não se componha com sua auto-imagem afete novamente os corpos desses usuários, para que sejam tomados e dominados pelo afeto da tristeza mais uma vez. As postagens analisadas neste trabalho revelam a causa da tristeza dos usuários que fizeram comentários ofensivos, com o objetivo de inferiorizar e reduzir o outro. Os discursos de ódio propalados por esses usuários constituem esse esforço dos mesmos em perseverar no seu próprio ser, realizando o movimento de busca de destruição da causa que os entristecem, e justamente por isso, que o ódio em Espinosa tem utilidade na ligação com o medo, e por se tratar de afetos políticos e sociais, acabam contribuindo como uma forma de governar e manipular as pessoas. E nada mais facilitador e estratégico do que utilizar as redes sociais para potencializar esse movimento, evidenciando o desejo de buscarem ofender e inferiorizar o outro que é diferente de alguma forma ou que não compartilham dos mesmos pensamentos e ideais. Essas subjetividades atravessadas pelo afeto do ódio demonstradas nas postagens analisadas neste trabalho, estão marcadas pelos afetos que derivam da tristeza e, portanto, constituem afetos sociais e políticos que podem ser utilizados para o controle e modulação das sociedades contemporâneas.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA/CCH} }