@PHDTHESIS{ 2023:558063368, title = {Controle dos parasitos do cão e avaliação do efeito carrapaticida do carvacrol}, year = {2023}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4746", abstract = "Rhipicephalus sanguineus sensu lato (s.l.) é um carrapato importante para a saúde animal e humana, sendo vetores de vários patógenos. Diante deste cenário, é essencial o controle desse ectoparasito, que é realizado essencialmente com moléculas sintéticas. Todavia, apesar dos guidelines sobre como realizar o controle de parasitos, muitas vezes essas moléculas são utilizadas de forma errônea, além de a maioria ter uma toxicidade elevada para os mamíferos e haver relatos de seleção de carrapatos resistentes. Nesse contexto, o uso de moléculas naturais, como os terpenos, são uma ferramenta importante para o controle de carrapatos. Ademais, as informações sobre as recomendações para o controle de parasitos no cão pelos médicos veterinários no Brasil são escassas. Assim, os objetivos deste estudo foram investigar como o médico veterinário recomenda o controle de parasitos de cães no Brasil e avaliar o efeito carrapaticida do carvacrol sobre R. sanguineus s.l e sua capacidade de alterar a morfologia do tegumento de ninfas. Para o estudo investigativo sobre os métodos de controles de parasitos dos cães usados no Brasil, foram aplicados questionários on-line para médicos veterinários de todo o Brasil. As questões abordaram os métodos de controle para helmintos e ectoparasitos, bem como medicamentos, frequência de administração e percepção de ineficácia dos medicamentos. Entre esses veterinários, 71,4% (n = 288) afirmaram que os proprietários estão preocupados com o controle de parasitos. O tratamento preventivo contra ectoparasitos caninos é o mais recomendado pelos veterinários, e 46,6% (n = 188/403) trocaram com frequência a classe química do antiparasitário. A profilaxia para ectoparasitos com regime mínimo mensal (sistêmico, tópico e/ou coleiras) foi recomendada por 21,5% dos veterinários (n = 87/403). Esses resultados mostram que o uso indiscriminado de compostos antiparasitários e a percepção sobre a ineficácia exigem a necessidade de orientações para tratamento e controle de parasitoses caninas nas clínicas veterinárias. Melhorar a conscientização do tutor do cão requer a atenção dos veterinários e um esforço conjunto de todos os profissionais para executar estratégias eficazes no controle de parasitos. Adicionalmente, investigamos o efeito carrapaticida in vitro e in vivo do composto natural carvacrol, através de bioensaio in vitro sobre larvas e ninfas de R. sanguineus s.l. e da administração oral em camundongos, buscando alterações sobre o tegumento das ninfas de R. sanguineus s.l. após o tratamento. Para encontrar a concentração letal média CL50 foi realizado a imersão de larvas e ninfas em carvacrol sob diferentes concentrações. Já o bioensaio in vivo foi realizado mediante administração oral do carvacrol em camundongos Swiss infestados artificialmente com ninfas de R. sanguineus s.l. Os animais foram alocados em três grupos de acordo com o tratamento: controle negativo (Sorbitol), carvacrol (60 mg/kg) e controle positivo (Lotilaner 20 mg/kg). Os resultados do bioensaio in vitro demonstraram que carvacrol apresentou uma CL50 de 0,94 mg/mL para imersão de larvas e 1,81 mg/mL para ninfas. No bioensaio in vivo, o carvacrol exibiu, em 48h após o tratamento, uma mortalidade das ninfas de 17%. Foram observadas alterações histológicas no tegumento das ninfas que se alimentaram dos animais tratados com carvacrol (60 mg/mL), pois as células cúbicas da epiderme apresentavam uma possível agregação de grânulos de proteínas entre a camada epitelial e subcuticular. Nosso estudo demonstrou pela primeira vez que o carvacrol administrado através da via oral induz alterações no tegumento, podendo interferir no desenvolvimento do carrapato R. sanguineus s.l.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA/CCBS} }