@MASTERSTHESIS{ 2023:675460462, title = {Estigma e qualidade de vida das pessoas afetadas pela hanseníase}, year = {2023}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4742", abstract = "A hanseníase, doença infectocontagiosa, que atinge principalmente a pele e os nervos periféricos, quando não tratada ou diagnosticada tardiamente é capaz de ocasionar incapacidades físicas além de repercussões de natureza social e psicológica que, por sua vez, contribuem para um processo de exclusão social e estigma afetando diretamente a qualidade de vida das pessoas acometidas. Este estudo objetivou analisar a associação entre o estigma e a qualidade de vida das pessoas afetadas pela hanseníase no município de São Luís – MA. Trata-se de um estudo analítico, de abordagem quantitativa, inserido em um macroprojeto intitulado “INTEGRAHANS MARANHÃO: abordagem integrada de aspectos clínicos, epidemiológicos (espaços temporais), operacionais e psicossociais da hanseníase em um município hiperendêmico do Maranhão”. A população compreendeu os pacientes com diagnóstico de hanseníase, atendidos no Distrito Sanitário Itaqui Bacanga notificados no Sistema de Agravos de Notificação (SINAN), nos anos de 2020 a 2022, que estavam em registro ativo, e em tratamento para a doença há pelo menos dois meses. A amostra se deu por conveniência e foi composta por 112 pessoas. Foram incluídas no estudo pessoas com diagnóstico de hanseníase, com idade igual ou superior a 18 anos, sendo excluídos aqueles que não compareceram para o atendimento na data do agendamento. A coleta de dados foi realizada no período de outubro de 2021 a dezembro de 2022. Utilizaram-se para a coleta das informações instrumentos correspondentes ao macroprojeto “INTEGRAHANS MARANHÃO” relacionados aos dados socioeconômicos e demográficos, perfil clínico, qualidade de vida em dermatologia “Dermatology Life Quality Index” (DLQI) e escala de estigma “Explanatory Model Interview Catalogue” (EMIC-AP). Entre os 112 participantes, as maiores frequências foram do sexo masculino (58,0%), faixa etária de 41 a 51 anos (23,2%), e 46,4% se declararam pardos. 62,5% eram casados/com união estável. Quanto à escolaridade, 32,1% possuíam ensino médio completo. 30,4% exerciam alguma atividade laboral por conta própria. 59,0% declararam renda mensal média entre 2 a 3 salários mínimos e 79,5% afirmaram que a hanseníase foi um fator para mudança de renda. 89,3% relataram ter moradia regular/ fixa e 75,9% negaram ter acesso e cadastro em auxílios do governo. Quanto as características clínicas da doença, a maioria dos participantes (92,9%) era multibacilar e a forma clínica dimorfa foi a predominante (63,4%). Quanto ao grau de incapacidade física, o maior percentual foi do Grau Zero (40,2%). 55,4% dos entrevistados não tiveram episódios reacionais, e 54,5% apresentaram até cinco lesões. Foi evidenciado que o estigma relacionado à hanseníase na população estudada concorreu para alteração da qualidade de vida em 78,0% das pessoas, apresentando o seguinte resultado: 49,4% pequeno efeito, 26,4% efeito moderado, 23,0% efeito grande e 1,2% efeito muito grande. Concluiu-se que a hanseníase afetou a qualidade de vida das pessoas em tratamento para a doença e que o estigma ainda se mantém presente. Neste sentido, o profissional de enfermagem tem papel importante na adoção de estratégias que auxiliem no combate à doença e assistência pautada nas demandas apresentadas pelas pessoas afetadas pela hanseníase.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM/CCBS} }