@MASTERSTHESIS{ 2020:1391076571, title = {Avaliação da atividade anti-inflamatória do óleo essencial da bergamota em modelo animal de periodontite}, year = {2020}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4666", abstract = "A periodontite consiste em uma doença inflamatória crônica caracterizada por inflamação tecidual associada com perda progressiva de inserção gengival, reabsorção óssea e migração apical do epitélio juncional. A saúde periodontal necessita de um estado imuno-inflamatório controlado que possa manter a homeostase na relação microrganismo-hospedeiro; porém na periodontite, a resposta imune do hospedeiro é desregulada. Um mediador inflamatório que parece exercer papel fundamental na evolução da periodontite é o óxido nítrico (NO), que é um radical livre produzido a partir da L-arginina pela ação de enzimas denominadas óxido nítrico sintases. Estímulos inflamatórios ativam a iNOS (óxido nítrico sintase induzíveis) em várias células, incluindo osteoclastos e osteoblastos, resultando no aumento da produção de NO nos tecidos e atuando na reabsorção óssea. Algumas estratégias terapêuticas baseadas no uso de extratos vegetais têm sido investigadas para modulação da resposta inflamatória, inclusive na periodontite. Nessa perspectiva, o óleo essencial de bergamota (BEO) tem mostrado resultados promissores e desta forma, a hipótese levantada no presente estudo é que o uso do BEO apresenta efeito anti-inflamatório e reduz a perda óssea alveolar sugerindo potencial ação adjuvante na terapia periodontal mecânica em modelo de periodontite induzida. As propriedades anti-inflamatórias do BEO foram avaliadas por meio de um estudo in vivo em modelo de periodontite induzida por ligadura em ratos e uma análise in silico dos principais compostos do BEO (acetato de linalil e o linalol) para verificar possíveis vias de absorção, biodisponibilidade oral e efeitos tóxicos. Um total de 24 ratos Wistar machos foram incluídos no estudo e divididos em 3 grupos: 1) Grupo Controle (n=8): ratos sem ligadura que receberam gavagem diária com veículo (DMSO 2%); 2) Grupo ligadura (n=8): ratos com ligadura que receberam gavagem diária com veículo; 3) Grupo ligadura + BEO (n=8): ratos com ligadura que receberam gavagem diária com BEO (0,1 ml/kg em veículo). Após 15 dias, os animais foram sacrificados e as amostras de tecidos gengivais em torno dos primeiros molares inferiores, bem como as hemimandíbulas, foram coletadas e armazenadas. Análises da concentração de proteínas totais e da produção de óxido nítrico foram realizadas. A reabsorção óssea foi avaliada por método morfométrico na região mesial dos primeiros molares inferiores esquerdos. O teste ANOVA seguido de Tukey foi utilizado na análise estatística, adotando o nível de significância de 5%. Em relação a concentração de proteínas totais, os grupos ligadura e ligadura + BEO apresentaram um aumento significante quando comparados ao grupo controle (p < 0,05). Os grupos ligadura e ligadura + BEO também apresentaram maior produção de NO no tecido gengival quando comparados ao grupo controle (p < 0,05). Com relação a reabsorção óssea alveolar, observou-se redução estatisticamente significante (p < 0,05) no grupo ligadura + BEO quando comparado ao grupo ligadura. Na análise in silico, os compostos do BEO demonstram alta absorção gastrointestinal e estão de acordo com os critérios da regra de Lipinski. O acetato de linalil apresentou DL50 de 12000 mg/kg e classe 6 de toxicidade. Os achados sugerem que o uso de BEO pode reduzir a perda óssea alveolar em ratos com periodontite induzida por ligadura, mesmo sem ter reduzido a produção de NO no tecido gengival. Os principais compostos do BEO apresentaram alta absorção gastrointestinal, boa biodisponibilidade oral e baixo potencial de toxicidade.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA II/CCBS} }