@PHDTHESIS{ 2022:1033358154, title = {Avaliação da atividade antitumoral da fração diclorometânica obtida das raízes de Arrabidaea brachypoda (DC BUREAU)}, year = {2022}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4664", abstract = "O câncer afeta milhões de pessoas, representando um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo. Os tratamentos disponíveis têm vários efeitos adversos e pouca especificidade. Assim, a necessidade de opções terapêuticas mais eficazes, com menor toxicidade e maior especificidade, tem intensificado a busca por novos fármacos. Arrabidaea brachypoda é uma planta nativa do Cerrado brasileiro conhecida como “cipó-una”, “santo cipó”, “cervejinha do campo”, popularmente utilizada no tratamento de inflamações em geral, cálculos renais e dores. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial antitumoral da fração diclorometânica (FDCM) obtida de raízes de A. brachypoda, cujos componentes são três flavonóides diméricos de estruturas incomuns, denominados braquidinas. A partir do ensaio sulforrodamina B (SRB) foi constatada citotoxicidade da FDCM, sendo esta atividade influenciada pelo soro fetal bovino (SFB). Análise in sílico demonstrou forte afinidade entre a albumina encontrada no soro e as braquidinas, confirmando o impacto da concentração do SFB na atividade antitumoral da FDCM. Com base nisso, células de câncer de mama (MCF7), colo de útero (HeLa), próstata (DU145), além de células de próstata não tumorais (PNT2), foram mantidas em meio de cultura com SFB 1% e tratadas com diferentes concentrações da FDCM (1 a 8 μg/mL). Os ensaios revelaram valores de IC50 de 2,77, 2,46, 2,51 μg/mL, e 4,08 μg/mL para MCF7, Hela, DU145 e PNT2, respectivamente. Análise de genotoxicidade pelo ensaio cometa revelou que a FDCM não causa danos ao DNA quando as células tumorais e não tumorais são expostas a 1⁄2 IC50, IC50 e dobro IC50, por por 3 e 24 horas. Além disso, a FDCM inibiu a formação de colônias (ensaio clonogênico) de células tumorais de modo dependente da concentração (r = -0,944, p <0,05), sendo essa inibição quase total em células HeLa e MCF7 expostas aos seus respectivos IC50. Adicionalmente, tratamentos com 2,5 μg/mL e 1,25 μg/mL inibiram significativamente a formação de colônias DU145 em 87,3 e 39,2%, respectivamente. A migração celular foi avaliada pelo ensaio wound healing, sendo observado redução da mobilidade celular de DU145 (r = -0.751, p < 0.05), enquanto não houve efeito na linhagem não tumoral PNT2. Análise por Microscópia de Força Atômica (MFA) revelou alterações ultraestruturais (buracos) nas superfícies da membrana nuclear de células DU145 tratadas com FDCM. Adicionalmente, observamos uma correlação positiva entre rugosidade da membrana celular e concentração da fração (r= 0,857, p < 0,05), sendo de 7,9 ± 0,43 nm para células não tratadas, 11,6 ± 1,42 nm e 15,37 ± 3,9 para células tumorais expostas a 2,5 μg/mL e 1,25 μg/mL, respectivamente. Todos esses achados suportam a atividade antitumoral da FDCM e sugerem que a indução de alterações ultraestruturais na membrana celular pode ser um dos mecanismos de ação das braquidinas.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM REDE - REDE DE BIODIVERSIDADE E BIOTECNOLOGIA DA AMAZÔNIA LEGAL/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA/CCBS} }