@PHDTHESIS{ 2023:457309725, title = {Estudo de validação de espécies da flora maranhense na terapêutica do câncer: contribuição para obtenção de bioprodutos e promoção da farmacovigilância}, year = {2023}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4630", abstract = "O câncer é uma doença multifatorial, constituindo sério problema de saúde pública mundial. Na busca por novos agentes anticancerígenos, os recursos naturais, especialmente de origem vegetal, representam importante fonte, visto que diversos fármacos disponibilizados na terapêutica atual foram obtidos a partir espécies vegetais; o que deve estimular as pesquisas, exigindo esforços e recursos no desenvolvimento dos estudos de validação, principalmente das espécies de uso popular. Nesse sentido, a abordagem etnofarmacológica representa importante ferramenta para seleção de espécies vegetais para esses estudos. Desta forma, este trabalho objetiva desenvolver estudo de validação de espécies da flora local empregadas popularmente no tratamento do câncer pela população de São Luis/Maranhão; visando contribuição na P&D de novas opções terapêuticas no tratamento do câncer. A pesquisa iniciou a partir de levantamento bibliográfico em bases de dados das prováveis espécies vegetais com potencial anticancerígeno segundo estudos etnofarmacológicos publicados no período de 2001 a 2020. Na sequência foi realizada pesquisa de campo, com abordagem etnofarmacológica, sendo entrevistados 227 pacientes de estabelecimentos de saúde especializados em tratamento de câncer de São Luís, Maranhão, de junho a dezembro de 2019. Fundamentado nos dados etnofarmacológicos foi selecionada uma espécie vegetal com potencial anticancerígeno referido popularmente para a realização de estudos químicos e de citotoxicidade. No levantamento bibliográfico destacaram-se as espécies Zingiber officinale Roscoe (gengibre), Allium sativum L. (alho), Allium cepa L. (cebola), Aloe vera (L) Burm. f. (babosa) e Annona muricata L. (graviola); espécies essas com diversos estudos que comprovam atividade antitumoral, mas sem garantia de segurança pela escassez de dados clínicos (Capítulo 1). No estudo etnofarmacológico conduzido, as cinco espécies mais citadas foram Annona muricata L. (graviola), Kalanchoe daigremontiana (Raym.-Hamet & Perrier) A.Berger (aranto), Senna alexandrina Mill. (sene), Morinda citrifolia L. (noni) e Dysphania ambrosioides L. Mosyakin & Clemants (mastruz) (Capítulo 2). Os estudos químicos e de atividades antioxidante e citotóxica foram realizados com extrato das folhas de Kalanchoe daigremontiana obtido por maceração com ultrassom (hidromódulo 1:6), com identificação química realizada por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada à espectrometria de massa com ionização por "electrospray"; e a avaliação das atividades antioxidante e citotóxica feitas in vitro por, respectivamente, fotocolorimetria e em linhagens celulares cancerosas humanas (HeLa) e células não tumorais de fibroblasto humano (GM 0492A). Os resultados mostraram a presença do ácido galoilquínico e dois compostos derivados do kaempferol no extrato de aranto, atividade antioxidante com CE50 6,71 μg/mL e atividade citotóxica com valores de CI50 para células tumorais de 21,95 μg/mL e para células normais de 93,25 μg/mL. (Capítulo 3). Esses dados em conjunto incentivam a continuidade da validação da atividade antitumoral da espécie por ensaios complementares in vitro e in vivo diante do potencial antineoplásico ora constatado e reforçam o papel da etnofarmacologia como ferramenta, tanto na seleção de espécies vegetais para Pesquisa e Desenvolvimento de novos bioprodutos, como na identificação de riscos e perigos associados ao uso terapêutico popular de plantas sem eficácia e segurança comprovados, incentivando as ações de Farmacovigilância em Fitoterapia.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA/CCBS} }