@MASTERSTHESIS{ 2022:255621147, title = {O dado linguístico e os fatores histórico-geográficos: o que mostra o léxico dos jogos e diversões infantis acerca do processo de povoamento do Maranhão}, year = {2022}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4485", abstract = "Este estudo inter-relaciona dados de natureza geolinguística e dados históricos, concernente ao processo de povoamento do Maranhão, sob a perspectiva da variação lexical. O Estado, com assinala Trovão (2008), é oriundo de duas frentes distintas de ocupação, com características próprias, que geraram uma sociedade com padrões socioculturais distintos entre norte e sul. Considerando essa realidade, o trabalho se fundamenta na Dialetologia e na Geolinguística Pluridimensional e ainda na Lexicologia e objetiva investigar, com base nos dados do Projeto Atlas Linguístico do Maranhão – ALiMA, se a distribuição diatópica das variantes lexicais, na área semântica jogos e diversões infantis, reflete o processo de povoamento do Maranhão e se é possível traçar linhas de isoléxicas que contribuam para melhor explicar o presente com base no passado, no fato histórico. A hipótese central da dissertação parte da ideia de que os municípios que se situam na porção maranhense abrangida pela Frente de Povoamento do Sertão ou Pastoril, oriunda do interior nordestino, revelam, no léxico, uma proximidade com o Piauí e a Bahia, distanciando-se, assim, dos municípios da outra porção cujo processo de povoamento se deu via Frente Litorânea. Para o exame dessa hipótese, foram selecionadas as 16 questões da área em estudo, questões 168 a 183 do Questionário Semântico-Lexical – QSL, adotado pelo ALiMA, e as respostas a elas dadas pelos 68 informantes do Projeto ALiMA. O locus da pesquisa compreende os 16 municípios que compõem a rede de pontos de inquérito do ALiMA; estes pontos recobrem todas as mesorregiões do Estado. Os resultados obtidos apontam diferenças lexicais no âmbito dos jogos e brincadeiras infantis que podem levar à conclusão de que essas diferenças evidenciam reflexos do processo de ocupação do Estado, resultado das diferentes frentes de povoamento. As denominações obtidas para os conceitos presentes nas questões 168, 176 e 183 ilustram esse fato. Alguns itens, no entanto, como pipa e peteca, apresentam usos uniformes, sem condicionamento dos processos povoadores do Maranhão. A observação da variação lexical no eixo da diatopia também assinalou indícios da posição intermediária que o Maranhão, e mais particularmente sua capital, São Luís, ocupa entre as regiões Norte, tendo em vista que se vincula à colonização da Amazônia, como afirma Nascentes (1953), e Nordeste. Como produto final, tem-se 17 cartas lexicais, sendo 16 diatópicas e uma isoléxica, que explicitam a diversidade linguística.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - Campus Bacanga}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH} }