@MASTERSTHESIS{ 2022:571219583, title = {Fatores perinatais e da infância e a inteligência na adolescência: Estudo longitudinal em uma coorte brasileira}, year = {2022}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4430", abstract = "Objetivo: Analisar os caminhos da associação entre a SES ao nascer e na infância, RCIU e sintomas depressivos na infância e o QI no final da adolescência em participantes da coorte do consórcio RPS de São Luís. Métodos: Trata-se de um estudo analítico longitudinal, prospectivo, de dados da coorte brasileira de nascimentos do consórcio RPS de São Luís - MA (1997/1998), com seguimento dos sujeitos na infância e final da adolescência. No primeiro artigo foram utilizados dados da coorte em dois momentos: 1997/98 (nascimento) e 2015/16 (adolescência). Utilizando modelagem de equações estruturais construiu-se um modelo de análise de caminhos para testar a associação entre a restrição do crescimento intrauterino (RCIU) e as variáveis socioeconômicas no nascimento e o QI na adolescência e estimar as relações lineares entre as variáveis. De acordo com o modelo teórico proposto, as variáveis socioeconômicas e demográficas, observadas no nascimento do participante, ocuparam a posição mais distal e determinaram o ganho de peso gestacional, RCIU, nascimento pré-termo e baixo peso ao nascer, que determinaram a escolaridade do adolescente e seu QI. No segundo artigo foram utilizados dados da coorte em dois momentos: 2005/06 (infância) e 2015/16 (adolescência). Também empregando modelagem de equações estruturais e construiu-se um modelo híbrido composto por análise fatorial confirmatória, para construção da variável latente função cognitiva na infância, e por análise de caminhos, para testar os caminhos da associação entre os sintomas depressivos na infância e o QI na adolescência e estimar as relações lineares entre as variáveis. De acordo com o modelo teórico proposto, as variáveis socioeconômicas da família, observadas durante a infância do participante, ocuparam a posição mais distal e determinaram a presença de sintomas depressivos, o estado nutricional e a função cognitiva da criança, que determinaram a escolaridade do adolescente e seu QI. Resultados: Os resultados do artigo 1 evidenciaram que a RCIU não apresentou efeito sobre o QI (p-valor = 0,178). Entre as variáveis socioeconômicas observadas no nascimento, a escolaridade paterna apresentou efeito total e direto positivo de 0,286 DP (p-valor < 0,001) sobre a média do QI na adolescência, que corresponde a uma elevação de 3,20 pontos no QI a cada elevação do nível de escolaridade paterna. Os resultados do artigo 2 mostram que a presença de sintomas depressivos na infância gerou redução de 0,342 desvio-padrão (DP), -3,83 pontos, no QI médio dos adolescentes (p-valor <0,001). A função cognitiva na infância apresentou efeito total e direto positivo (coeficiente padronizado [CP] = 0,701; p-valor<0,001) sobre o QI, elevando 7,84 pontos a cada aumento do nível. Identificou se efeito indireto positivo do estado nutricional infantil (CP = 0,194; p-valor = 0,045), escolaridade do chefe da família (CP = 0,162; p-valor = 0,036) e da mãe da criança, este último mediado pela função cognitiva na infância (CP = 0,215; p-valor = 0,012), sobre o QI dos adolescentes. Conclusão: Maiores níveis de escolaridade paterna no nascimento e materna e do chefe da família durante a infância geraram efeito positivo de longo prazo sobre a inteligência, elevando a pontuação do QI no final da adolescência. Além disso, a presença de sintomas depressivos na infância gerou efeito negativo de longo prazo sobre a inteligência, reduzindo a pontuação do QI dos adolescentes. Esses resultados contribuem para a compreensão da influência de características psicológicas e ambientais no desenvolvimento intelectual do nascimento à idade adulta.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA/CCBS} }