@PHDTHESIS{ 2022:1120696193, title = {VIVÊNCIAS DE PROFISSIONAIS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA E NÚCLEO INTERNO DE REGULAÇÃO DE LEITOS NA PANDEMIA DA COVID-19}, year = {2022}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4304", abstract = "INTRODUCÃO: Em 2020, o Brasil viveu o início de uma crise sanitária sem precedentes, a chamada primeira onda da pandemia da COVID-19. O aumento inesperado de pacientes com quadro grave da doença que demandaram por ventiladores mecânicos, leitos e cuidados intensivos, ameaçou a capacidade de resposta da alta complexidade. Partindo dessa perspectiva, esta pesquisa buscou analisar as vivências de profissionais de saúde que atuaram em Unidade de Terapia Intensiva e nos Núcleos Internos de Regulação de Leitos, no contexto da pandemia da COVID-19. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo-exploratório de abordagem qualitativa desenvolvido nas Unidades de Terapia Intensiva e nos Núcleos Internos de Regulação de leitos, de dois hospitais públicos, no período de novembro de 2020 a janeiro de 2021, no estado do Maranhão. Foram selecionados 22 profissionais. Utilizou-se a entrevista semiestruturada como técnica de coleta de dados. Empregou-se a análise de conteúdo, na modalidade temática e foi utilizado o software NVIVO® 12 para auxílio na organização e tratamentos dos dados. RESULTADOS: Os profissionais relataram que diante do cenário de demanda elevada, pacientes graves e insuficiência de leitos, houve a necessidade de reorganizar o ambiente hospitalar e expandir os leitos existentes. Das situações mencionadas, destacam-se: a sobrecarga de trabalho e a escassez de profissionais que afetaram a qualidade da assistência, levando a novas formas de produção do cuidado; o desafio de ofertar o expectado cuidado de alto padrão, que passou a ser construído sob o ritmo das incertezas e do desconhecimento da doença; o sentimento de colaboração profissional e a percepção de segurança em equipe foram sinalizados como pressupostos necessários para a continuidade da assistência. A experiência com a morte e o morrer em maior escala interferiu no modo de encarar a terminalidade da vida. Paralelo a esse contexto avassalador, decidir quem ocuparia o leito intensivo foi uma tarefa difícil e conflitante, em face das incertezas da “nova doença”. Assim, foi considerada uma combinação de critérios clínicos e não clínicos, avaliados caso a caso como gravidade, chance de sobrevivência, distância a ser percorrida e condições de transporte. Identificou-se que o contexto de doença desconhecida, as pressões familiares e institucionais foram pontos de tensões e interferiram no processo decisório. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As mudanças ocorridas no ambiente de trabalho da UTI e NIR influenciaram a forma de enfrentamento daquela situação de excepcionalidade. As suas vivências frente a (re)organização do espaço, ao significado atribuído ao cuidado e às relações interprofissionais, evidenciaram que esses agentes foram afetados de modo e intensidade peculiar a cada um. A tomada de decisão foi marcada por práticas e desafios advindas do contexto de agudização da insuficiência de leitos e do conhecimento que se estruturava acerca da doença, sob a perspectiva de um fenômeno árduo e relacionado a aspectos extrínsecos à esfera técnico-assistencial.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA/CCBS} }