@MASTERSTHESIS{ 2021:1897183158, title = {Resposta imune na infecção mista por Leishmania amazonensis e Leishmania chagasi em macrófagos}, year = {2021}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4225", abstract = "As leishmanioses são endêmicas em várias regiões do mundo, sendo consideradas um grande problema de saúde pública. Nesse contexto, a infecção mista por diferentes espécies de Leishmania em um mesmo indivíduo, especialmente em áreas de sobreposição de espécies de Leishmaniose Tegumentar Americana e Leishmaniose Visceral, pode ser mais prevalente do que previamente relatado, podendo afetar o curso clínico, o diagnóstico e o tratamento da doença. Nesta pesquisa, foi realizada uma revisão de literatura sobre o panorama da infecção mista, apresentada como capítulo 1, que teve como objetivo identificar os trabalhos já realizados com essa temática. Foram identificados muitos relatos de casos e escassez de trabalhos experimentais. Mas os resultados dos estudos revelaram, que em um meio compartilhado, as espécies distintas podem apresentar comportamentos diferenciados e comprometer o curso da infecção. No capítulo 2, o trabalho realizado, que teve como objetivo, avaliar a resposta imune e o comportamento dos parasitos na infecção mista por Leishmania amazonensis e Leishmania chagasi. Para isso, os macrófagos (RAW 264.7) foram infectados por L. amazonensis e L. chagasi, por 24 e 48 horas, seguido da avaliação da taxa de infecção, produção de oxido nítrico, peróxido de hidrogênio, produção de citocinas inflamatórias, além da análise morfométrica dos vacúolos parasitóforos. Os resultados iniciais relacionados a taxa de infecção mostraram uma sobreposição da L. chagasi na infecção mista, sugerindo a ocorrência de uma proliferação desigual e uma competição. Em relação a produção de peróxido de hidrogênio, o grupo de infecção mista demonstrou uma produção semelhante a observada na infecção única por L. chagasi, podendo esta espécie estar influenciando a produção desse reativo na infecção mista. Já a produção de citocina TNF na infecção mista foi semelhante à observada na infecção única por L. amazonensis, por isso acredita-se que a presença dessa espécie pode ser relevante para a produção dessa citocina, no meio compartilhado. A quimiocina MCP-1, foi um parâmetro que não apresentou diferença entre os grupos, mesmo estando ligada ao recrutamento de monócitos e ao aumento do número de macrófagos no decorrer da infecção única e mista. Avaliada a quantidade de vacúolo parasitóforo, foi observada no tempo de 48h uma quantidade menor dessas estruturas no grupo de infecção mista, resultado que pode estar relacionado a estratégia de compartilhamento de vacúolos pelos parasitos, já analisada em outros estudos com outras espécies. Em relação a área do vacúolo, foi notado um aumento da extensão apenas no grupo de infecção única por L. chagasi, no tempo de 48h. Tendo em vista os resultados, foi possível observar que em um ambiente compartilhado, a influência das espécies acontece de forma diferenciada, havendo alteração no comportamento dos vacúolos e atuação da citocina TNF podendo favorecer o estabelecimento do protozoário no hospedeiro e comprometer o curso clínico da infecção.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA/CCBS} }