@MASTERSTHESIS{ 2021:606286054, title = {Recomendações de Freud aos psicólogos que exercem a psicanálise}, year = {2021}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4172", abstract = "A psicanálise é frequentemente apresentada na formação do psicólogo como uma teoria através da qual é possível sustentar a direção de uma prática; esta teoria, entretanto, é alicerçada por parâmetros próprios, instituídos a partir da experiência clínica, e que não devem ser tomados como conceitos fechados, mas como diretrizes e recomendações para sustentação de uma prática que toma como ponto de apoio o conceito de inconsciente. Partindo da questão “quem analisa hoje?” trazida por Lacan em seu texto “A direção do tratamento e os princípios de seu poder”, de 1958, em que aponta a necessidade de retomar às diretrizes freudianas, elencou-se como problema de pesquisa o seguinte questionamento: a quais parâmetros deve o psicólogo estar submetido a fim de dirigir uma prática a partir do referencial da psicanálise? Tendo em vista o desenvolvimento desta questão, foi estabelecido como objetivo geral: situar, a partir do retorno à Freud com Lacan, balizas para se pensar a direção do tratamento psicanalítico, tendo em vista apontar de que maneira o profissional de psicologia pode vir a dirigir uma prática a partir da psicanálise, nos dias de hoje. Para isso, foram propostos como objetivos específicos: apresentar alguns dos conceitos principais que norteiam a teoria da prática proposta por Freud, tendo em vista apontar a especificidade deste referencial teórico-prático; identificar as referências fundadas por Freud e retomadas por Lacan, através de seus estudos em linguística, para avançar na teoria psicanalítica, partindo da formulação de que o inconsciente é estruturado como uma linguagem; situar o tratamento psicanalítico enquanto sustentado pelos parâmetros da fala e da escuta, apontando a transferência e a interpretação como operadores do analista na direção deste trabalho. A pesquisa é de cunho qualitativo e bibliográfico e seu desenvolvimento deu-se a partir da pesquisa em psicanálise, que tem como especificidade a de ser sustentada pelos mesmos parâmetros da experiência clínica: associação livre e atenção flutuante. Disso, situa-se que uma prática psicanalítica se faz possível quando são tomados como alicerces as recomendações freudianas, relidas por Lacan a posteriori, pautadas na aposta da existência do inconsciente enquanto instância que sobredetermina o funcionamento psíquico. Considerando o atravessamento do falante pela linguagem, mostra-se que este funcionamento psíquico é marcado por uma dialética, visto que a constituição do sujeito se dá como efeito da incidência do significante, o que por intermédio do Complexo de Édipo- castração, instaura para o neurótico uma divisão, uma hiância, entre uma instância egóica, imaginária (moi) e o sujeito do inconsciente (je). Portanto, trata-se de um estudo da neurose. Sustenta-se que o trabalho do psicólogo na direção de uma prática psicanalítica, pelo manejo da transferência e da interpretação, ao contar a diferença entre je e moi visa o funcionamento do sujeito, naquilo que ele traz de uma posição estrutural, singular, marcada pela incidência do significante, e ao qual vê-se sempre convocado a retornar. Assim, aponta-se que o trabalho com a psicanálise, independentemente do espaço em que se esteja inserido, implica em contar essa posição estrutural do sujeito como aquilo que orienta a direção deste trabalho.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA/CCH} }