@MASTERSTHESIS{ 2021:1983056671, title = {Dinâmica ambiental do mercado do peixe do portinho e suas implicações para a saúde – São Luís, Maranhão}, year = {2021}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4128", abstract = "Em mercados e feiras de alimentos, a saúde ambiental possui efeito tanto no produto comercializado quanto na saúde de seus comerciantes e consumidores. Esta pesquisa teve por objetivo discutir a saúde ambiental do Mercado do Peixe de São Luís/MA a partir da dinâmica espacial, de distribuição, comercialização e os fatores de prevalência para seu histórico sanitário. O Mercado do Peixe do Portinho é compreendido como um conjunto comercial de dois mercados (Interno e Externo), considerado um dos maiores centros de comercialização e de distribuição de pescado no estado do Maranhão. Trata-se de um estudo de caráter descritivo, explicativo e de estudo de caso, inserido no universo da pesquisa participativa e com base iconográfica, e possui abordagem qualitativa. Para a coleta de dados foi elaborado um Protocolo de Pesquisa de Campo, que incluía o contexto da Pandemia de COVID-19. A coleta de dados ocorreu por intermédio do levantamento de dados secundários e documental, entrevistas com os gestores do mercado e órgãos públicos; aplicação de questionário, e pesquisa iconográfica com o uso de fotografias. A análise de dados espaciais utilizou ferramentas de geoprocessamento e, para as informações mais qualitativas das entrevistas e formulários, foi realizada análise de conteúdo. Identificou-se que os trabalhadores possuem entre 11 a 30 anos de trabalho no mercado, com presença majoritária de indivíduos do sexo masculino (80%). Foi possível constatar que o Mercado do Peixe continua a ter elevada importância econômica e comercializa diferentes categorias de pescado, oriundos de diversas regiões do Brasil. A maioria dos comerciantes percebeu a limpeza do mercado como “ruim” e descreverem dinâmicas desiguais de abastecimento de água, com relatos de restrição ao uso de banheiros. Para mais de 80% dos comerciantes, a manipulação do pescado possui relação com a saúde, no entanto, cerca de 70% dos comerciantes compreenderam que o ambiente do mercado pode trazer riscos à saúde. Em outubro de 2020, cerca da metade dos comerciantes havia contraído Covid-19 (47%), e, cerca de, 30% dos comerciantes continuaram suas atividades no mercado mesmo com sintomas gripais durante a pandemia. Os principais desafios do mercado citados pelos comerciantes foram: a falta de uma boa estrutura física para comercialização do pescado, desassistência de órgãos públicos, ausência de campanhas de educação ambiental, inundação pela maré, falta de segurança e de limpeza. Foi possível identificar que as problemáticas relacionadas às dinâmicas ambientais do mercado possuem riscos significativos para a saúde dos comerciantes e do pescado comercializado. Dentre os fatores de prevalência para as condições higiênico-sanitárias do mercado, destaca-se o não reconhecimento do Mercado Externo como parte do Mercado do Peixe por parte de seus comerciantes como também dos órgãos públicos responsáveis, tornando-o vulnerável à emergência de problemas em saúde pública. Este trabalho demonstra como os mercados públicos podem ser espaços de disseminação de doenças como Covid-19. Dessa forma, a pesquisa trouxe as vozes e percepções dos comerciantes, no sentido de realizar uma interlocução com órgãos de governo, ratificando a necessidade de estreitamento das relações entre mercados e poder público para a efetivação de intervenções estruturais. Além disso, este trabalho representou uma grande oportunidade para a universidade se aproximar das questões sociais de seu entorno, como é o caso deste mercado, que possui grande importância nos cenários econômicos, sociais, de saúde e culturais da cidade de São Luís e consequentemente do estado do Maranhão.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E AMBIENTE/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE GEOCIENCIAS/CCH} }