@MASTERSTHESIS{ 2018:949176650, title = {Biologia da polinização e biologia reprodutiva de Cnidoscolus urens e Crotalaria retusa: plantas exóticas presentes em áreas de dunas costeiras na Ilha do Maranhão, Brasil}, year = {2018}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4017", abstract = "As espécies exóticas e invasoras estão entre as maiores ameaças à biodiversidade mundial. No Brasil, essas introduções estão relacionadas a atividades humanas, principalmente aos processos de degradação ambiental. Além desse aspecto, as espécies exóticas podem apresentar mecanismos que facilitam o seu estabelecimento no meio, tais como a reprodução sexual (polinização e produção de frutos) que tem grande relevância para a dispersão das mesmas pelo ambiente invadido. Desse modo, este trabalho teve como objetivo identificar as síndromes e as guildas dos visitantes florais de duas espécies de plantas exóticas presentes nas dunas, analisando os métodos de polinização mais eficientes. O estudo foi realizado em duas populações das plantas exóticas Cnidoscolus urens e Crotalaria retusa que se encontram nas dunas da Praia de Panaquatira, localizada no município de São José de Ribamar, Maranhão, Brasil. Foram realizadas coletas mensais, das 6h às 18h, de todos os insetos visitantes florais encontrados em ambas as espécies de plantas exóticas, estes foram identificados e incorporados à Coleção do Laboratório de Estudos sobre Abelhas (LEACOL/UFMA). Ao todo foram coletados 537 indivíduos, 32 espécies e 34 morfoespécies de quatro ordens. Os grupos de visitantes florais mais frequentes em C. urens foram borboletas (213 indivíduos) e esfingídeos (136 indivíduos), enquanto em C. retusa o grupo frequente e dominante foram as abelhas (24 indivíduos). Como polinizador efetivo de Cnidoscolus urens foi identificado o diptera Palpada vinetorum e como polinizador potencial uma espécie de coleoptera da subfamília Bruchinae (Chrysomelidae), enquanto que para Crotalaria retusa o polinizador efetivo foi a abelha Xylocopa frontalis. As duas espécies botânicas se mostraram autocompatíveis e demonstraram que a polinização natural, em ambas, foi mais eficiente do que a autopolinização espontânea. Quanto a ocorrência das fenofases reprodutivas, C. urens apresentou todas as suas fases relacionadas positivamente com o período chuvoso. Enquanto C. retusa apresentou apenas as fenofases de botões florais e frutos verdes associados com esse período, isso possivelmente pode estar relacionado com a predação das flores e dos frutos desta planta por larvas de Utetheisa sp. (Lepidoptera). Ambas as plantas apresentam estratégias de reprodução que lhes confere vantagens na área invadida, frente a isso pode inferir que C. urens e C. retusa tem conseguido uma boa adaptação nesse ecossistema de dunas costeiras, sendo este um fato preocupante para a conservação das espécies nativas, pois a longo prazo estas plantas exóticas podem sobrepor ou ocupar o nicho das plantas nativas.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIODIVERSIDADE CONSERVAÇÃO/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA/CCBS} }