@MASTERSTHESIS{ 2017:562882939, title = {Corpo e finitude na era da técnica: reflexões acerca da promessa da superação da morte pela via da fabricação do homem à luz do pensamento heideggeriano}, year = {2017}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3926", abstract = "O presente estudo teve como objetivo investigar o fenômeno da tecnificação do corpo e as possíveis interlocuções desse fenômeno com a problemática da finitude, utilizando como caminho o referencial fenomenológico de Martin Heidegger e como metodologia de investigação a pesquisa teórica. Buscou-se refletir acerca das repercussões que a concepção moderna do corpo-máquina, especialmente em sua promessa de superação da morte pela via da tecnificação do corpo, impõe à existência humana, uma vez que, à luz do pensamento heideggeriano, a morte é a possibilidade extrema do homem que essencialmente fundamenta o seu existir. Para o filósofo, o corpo (Leib) é a inscrição de nossa existência temporal, lugar da linguagem, da fronteira, do entre o nascimento e a morte. Mas ao considerar o homem como uma dualidade de substâncias, um espírito conjugado a um corpo material (Körper), a tradição filosófica moderna opôs vida e morte, retirando do corpo o seu caráter originariamente existencial, tomando-o apenas como matéria que está fadada à deterioração. Associado à ideia de uma máquina, a correção ou substituição técnica do corpo se configura como uma tentativa de escapar de sua decadência. Do lugar da acontecência do ser no homem, o corpo passa ser considerado o lugar da precariedade, da morte e do envelhecimento, aquilo que é preciso combater no sentido de evitar a finitude e, quiçá, superá-la. De modo geral, Heidegger pensou a questão da técnica do mundo moderno como a incontornável transformação do destino historial da humanidade em que se inscreveu e se mantem o esquecimento do Ser pelo próprio Ser, cuja essência, em seu modo de desabrigar, repousa na Composição (Gestell). O domínio da composição ameaça o homem na sua possibilidade de um desabrigar mais originário que lhe retorne ao Ser em sua verdade originária. Entretanto, ainda que a técnica seja o cumprimento de um destino fixado do nosso pensar metafísico, esta não encerra a liberdade humana. Liberdade é justamente o fundamento, a possibilidade da verdade originária, que, no jogo da existência temporal em que se encontra o homem em seu ser, tem a possibilidade de, no acontecimento apropriativo (Ereignis), revelar o Ser em sua relação com o homem", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA/CCH} }