@MASTERSTHESIS{ 2021:1500882040, title = {Marcas linguísticas de exclusão social: investigação sobre o uso do artigo definido antes de antropônimos, em jornais de Caxias da primeira metade do século XX}, year = {2021}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3834", abstract = "No presente trabalho, investigamos o uso do artigo definido antes de antropônimos, em jornais caxienses da primeira metade do século XX, com o objetivo de descrever e interpretar marcas linguísticas de exclusão social, tomando como objeto de referência o uso do artigo definido, nos dados selecionados, para entender se a presença ou a ausência desse determinante antes de antropônimos sinaliza ou responde se estas marcas linguísticas de exclusão existem. Como locus social, histórico e geográfico desta pesquisa, escolhemos a cidade de Caxias que, atualmente, é a quinta maior cidade do Estado do Maranhão e foi a segunda, depois de São Luís em 1821, a produzir jornais impressos em 1833 e possui significativa produção jornalística no período de recorte da pesquisa (1901- 1950). A presente pesquisa está fundamentada na Sociolinguística Variacionista, que teve sua primeira onda com Labov e avançou com Eckert para a terceira onda, espaço teórico em que se sustenta as discussões sobre o uso do artigo antes de nomes próprios. Quando afirmamos que a investigação se sustenta na terceira onda da Sociolinguística Variacionista com Eckert (2000, 2003, 2005 e 2012), estamos considerando que houve um recorte que restringe a comunidade de fala para a comunidade de prática, aqui, representada pelos jornalistas dos jornais de Caxias da primeira metade do século XX, em que eles tinham um estilo de usar o artigo antes de antropônimos, o que nos possibilita interpretá- lo como parte de uma manifestação socioestilística. O corpus desta pesquisa é constituído de quatro anúncios comerciais, oito crônicas e uma notícia extraídos de volumes dos jornais O Zephyro (1901), O Paiz (1903 -1905), O Binóculo (1907), O Caixeiro (1915-1916), O Bloco (1917), Ferro na Braza (1917), Diário de Caxias (1924), O Sabiá (1932), Voz do Povo (1936), Singular (1937 – 1938) e o Cruzeiro (1948), publicados na primeira metade do século XX, num total de onze periódicos, disponíveis no Acervo Digital da Biblioteca Pública Benedito Leite, localizada na capital do Estado. De forma objetiva, esta pesquisa busca responder se o uso do artigo definido antes de antropônimos é uma marca linguística de exclusão social na comunidade de prática dos jornalistas da sociedade caxiense da primeira metade do século XX, a partir das categorias qualificação e desqualificação dos sujeitos apresentados nos dados extraídos dos jornais aqui selecionados. É uma pesquisa interpretativa de caráter qualitativo, uma vez que a quantificação das ocorrências será processada como um ponto de referência para a maior ou menor incidência de um tipo de uso linguístico, para análise do viés de sua maior ou menor regularidade e seus efeitos sociais. Para analisar a variação no uso do artigo antes de antropônimos, trabalhamos com base nas variáveis e nas invariantes, ou seja, com as regras variantes e com as categóricas. Por isso, foi preciso revisitar a gramática internalizada, a normativa e a descritiva, para analisar o que há de possibilidades de escolha para os falantes (os jornalistas caxienses) e o que é sistemático e inegociável para eles e para marcar, linguisticamente, o lugar sintático do artigo definido na sentença. Tudo isso nos levou a confirmar as marcas de exclusão social dos sujeitos, quando referidos pela comunidade de prática dos jornalistas da Caxias da primeira metade do século XX, levando em consideração a presença/ausência do artigo definido antes de antropônimos.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - Campus Bacanga}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH} }