@MASTERSTHESIS{ 2019:933328418, title = {Diversidade vegetal em restingas do litoral setentrional brasileiro}, year = {2019}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3677", abstract = "A heterogeneidade ambiental é considerada um dos principais fatores que atuam nas mudanças dos padrões de composição das espécies, podendo estar relacionada com características climáticas, edáficas e topográficas. A distribuição das espécies também pode ser influenciada pelos mecanismos de dispersão, pelas interações bióticas e por motivos históricos, mostrando assim que diferentes fatores atuam como filtros em diferentes escalas espaciais e interagem para resultar na composição de uma comunidade ecológica. A variação climática e a estrutura do habitat são proponentes para caracterizar as áreas de tensão ecológica entre os biomas Amazônia e Cerrado, proporcionando a formação de diferentes fisionomias. Dentre estas áreas de tensão ecológica, as restingas limitam-se a um ecossistema de transição, por apresentar vegetação dos biomas que a margeiam, recobrindo estreitas faixas da zona costeira de solos quartzarênicos de origem marinha. O estado do Maranhão está em uma posição geográfica singular, que o caracteriza em zona ecotonal por apresentar vegetação dos biomas da Floresta Amazônica e do Cerrado. O presente estudo teve como objetivo verificar a influência dos biomas adjacentes as restingas maranhenses bem como se os efeitos de variáveis climáticas (precipitação e temperatura) e distância geográfica tem relação com a distribuição da vegetação. Para testar as hipóteses, foi realizado um banco de dados com estudos florísticos das restingas do litoral amazônico do Maranhão e do Pará, das restingas do litoral setentrional do Ceará e Piauí e dos biomas Amazônico e Cerrado contemplando 23 áreas. Foi realizada uma análise canônica de coordenadas principais para medir a distância na similaridade das espécies entre diferentes áreas e avaliar a influência das variáveis climáticas de precipitação e temperatura e variável espacial. Posteriormente foi feito uma análise de partição de variância, gerando um diagrama de Venn para apresentar graficamente os efeitos individuais das variáveis espaciais na composição das espécies. As variáveis de temperatura e precipitação e distância geográfica não influenciaram as restingas, apesar do diagrama de Venn demonstrar que as variáveis climáticas apresentaram valor maior quando atuam juntas, ao invés de isoladas. Portanto, apesar das restingas maranhenses estarem entre os biomas Amazônico e do Cerrado a análise demonstrou que sua composição florística não recebeu influência da flora desses biomas, sendo explicada pela teoria da neutralidade onde a limitação de dispersão é fator preponderante independente das diferenças ambientais.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIODIVERSIDADE CONSERVAÇÃO/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA/CCBS} }