@PHDTHESIS{ 2021:1060578732, title = {ESTUDO DE VALIDAÇÃO DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORA MARANHENSE COMO ALTERNATIVA E/OU COMPLEMENTO TERAPÊUTICO NA PERDA DE PESO.}, year = {2021}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3647", abstract = "O aumento de peso, é descrito como uma epidemia global, com altas taxas de comorbidades, morbidade e mortalidade associadas. Espécies vegetais podem representar uma fonte de novas alternativas e/ou complementos terapêuticos para diversos agravos a saúde, desde que seu uso seguro seja certificado cientificamente, por estudos de validação. Assim, o objetivo deste trabalho é validar espécies vegetais da flora maranhense como alternativa e/ou complemento terapêutico na perda de peso. Os resultados dessa tese são apresentados em 05 (cinco) capítulos. O capítulo 1 constitui uma revisão dos estudos de toxicidade realizado nas bases PubMed, Scopus, GoogleScholar e Web of Science, das espécies vegetais referidas de amplo uso popular no sobrepeso e obesidade em trabalhos etnofarmacológicos, sendo evidenciado que Annona muricata L, Baccharis trimera (Less) DC, Camellia sinensis (L.) Kuntze, Cynara scolymus L. e Hancornia speciosa Gomes são espécies frequentemente referidas, mas apesar do amplo uso popular, os parâmetros de eficácia e segurança terapêutica para tal uso como alternativa ou complemento terapêutico no sobrepeso, obesidade e/ou suas comorbidades, ainda não foram totalmente evidenciados; o que deve estimular a Farmacovigilância em Fitoterapia. O capítulo 2 apresenta estudo etnofarmacológico visando investigar o uso de plantas para perda de peso, em área urbana de São Luís, Maranhão, Brasil; realizado com 227 usuários de serviços de saúde públicos de São Luís, comprovando que Camellia sinensis (L.) Kuntze (chá verde), Hibiscus sabdariffa L.(hibisco) e Baccharis trimera (Less.) DC (carqueja) foram as espécies mais referidas, mas embora já dispondo de estudos indicando potencial para utilização na perda de peso, não possuem certificação para o uso seguro e racional. Fundamentado em resultados do estudo etnofarmacológico (capítulo 2) Hancornia speciosa Gomes (mangaba) foi selecionada para estudo de validação na perspectiva de obtenção de bioproduto. Com isso, o capítulo 3 aborda uma revisão da espécie Hancornia speciosa, com ênfase aos aspectos de etnobotânica, etnofarmacologia, atividade biológica, composição química e toxicidade; realizada em bases dedados (Biological Abstracts, Chemical Abstracts, Medline, Lilacs, Web of Science, Science Direct, PubMed, Food and Drugs Administration) e banco de patentes; sendo evidenciado potencial medicinal da espécie, estimulando a continuidade de estudos farmacológicos e químicos na perspectiva de desenvolvimento de novos fitoterápicos. Assim, os trabalhos experimentais com Hancornia speciosa são apresentados no capítulo 4 e capítulo 5. Reconhecendo a interface dos estudos de validação e de padronização de extratos vegetais, o capítulo 4 compreende estudo de padronização dos extratos de Hancornia speciosa, com objetivo de investigar as variáveis que influenciam nos extrativos da espécie; sendo realizado com extratos hidroetanólicos das folhas de Hancornia speciosa obtidos por diferentes procedimentos extrativos (maceração, maceração assistida por ultrassom, percolação e extraçãoem aparelho de Soxhlet) e relações de hidromódulo (1:10 e 1:15), para avaliação da influência dessas variáveis por análises químicas (teor de polifenóis e flavonoides), físico-químicas (perfil cromatográfico) e biológica in vitro (inibição da lipase pancreática); demonstrando que a espécie inibe a atividade da lipase pancreática e apresenta substâncias químicas com propriedade antiobesidade, evidenciando o potencial da espécie na continuidade dos estudos, a serem realizados com extratos padronizados já que os resultados demonstram que procedimentos extrativos e relação de hidromódulo influenciam na qualidade dos extratos, possibilitando contribuição no desenvolvimento tecnológico de bioprodutos como alternativa e/ou complemento terapêutico para perda de peso. Na continuidade do estudo de validação a partir de extratos padronizados de Hancornia speciosa, foi realizada investigação da toxicidade subcrônica no tratamento oral com extrato hidroetanólico das folhas de mangaba (doses de 5, 50 e 250 mg/kg durante 15 dias), em modelo in vivo (camundongos Swiss), para avaliar a viabilidade de emprego na perda de peso, resultando no capítulo 5, sendo constatado que o tratamento subcrônico com extrato hidroetanólico das folhas de Hancornia speciosa é indicativo de toxicidade na dose de 250 mg/kg/dia, com lesões especialmente no fígado e rim, ratificando o risco ao uso indiscriminado da espécie vegetal. Assim, conclui-se que o uso popular de espécies vegetais para perda de peso, representa riscos dada a constatação que predomina a utilização de material vegetal sem certificação de eficácia, segurança e qualidade, paramêtros esses garantidos pelo desenvolvimento dos estudos de validação; comprovando, ainda, que a utilização de extrato ou fitocomplexo de Hancornia speciosa, pode não ser segura, mas dado potencial antiobesidade constatado em modelo in vitro, os estudos com as substâncias isoladas devem ser continuados, na perspectiva de obtenção de fitofármacos.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA/CCBS} }