@MASTERSTHESIS{ 2022:836521494, title = {Impacto da exposição perigestacional a uma dieta rica em sacarose sobre o desenvolvimento precoce de disfunções metabólicas na prole de ratas Wistar}, year = {2022}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3593", abstract = "A prevalência de doenças metabólicas em crianças e adolescentes está aumentando de maneira rápida e significativa, sendo apontado pela Organização Mundial de Saúde como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. O crescimento expressivo destas patologias está relacionado, principalmente, às mudanças ocorridas no comportamento da sociedade em geral, que passou a consumir dietas com elevado teor de açucares de adição (sacarose) e alimentos ultraprocessados, além do aumento do sedentarismo. Nessa conjuntura, o conceito DOHaD tem como propósito elucidar como mudanças pontuais ocorridas precocemente em organismos em desenvolvimento podem resultar em alterações metabólicas tardias e um risco aumentado de doenças crônicas na vida adulta. Levando esses aspectos em consideração, o objetivo deste trabalho é investigar o impacto da exposição excessiva a açúcares de adição durante as fases pré-gestacional, de gestação e de lactação sobre a instalação e progressão precoce da síndrome metabólica na prole. Para tanto, ratas Wistar adultas (n = 15), com aproximadamente 75-90 dias de vida, foram divididas em dois grupos: as que foram expostas ao estresse nutricional (n = 7) e as que não foram expostas (n = 8). Esse estresse nutricional se deu através de uma dieta contendo 25% de sacarose (DRS), em comparação a uma dieta controle, que continha 10% de sacarose (CTR). Após o período de indução de 7 semanas, as ratas foram acasaladas com ratos da mesma idade (n = 15), com confirmação da prenhez a partir do esfregaço vaginal matinal. As ratas continuaram com suas respectivas dietas (CTR ou DRS) durante toda a gestação e lactação. Ao nascimento dos filhotes, a ninhada foi ajustada para 8 filhotes por rata, devido ao aporte de aleitamento materno. Aos 21 dias de vida, os filhotes foram desmamados e separados das mães e divididos em dois grupos experimentais: o grupo CTR (prole de machos e fêmeas das mães alimentadas com ração CTR durante a gestação e lactação) e o grupo DRS (prole de machos e fêmeas das mães alimentadas com ração DRS durante a gestação e lactação). Todas as proles foram alimentadas com dieta CTR ad libitum desde o desmame e foram igualmente acompanhados até os 30 dias de vida, quando ocorreu a eutanásia. Foi realizado o cálculo do Índice de Lee e teste de tolerância à glicose, além da coleta de sangue para as análises bioquímicas e órgãos-chave para a morfometria e histologia. A partir desses procedimentos, pode-se afirmar que os principais resultados obtidos foram o prejuízo significativo na homeostase glicolipídica das proles DRS, através da intolerância à glicose, hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia e aumento significativo do TyG, que indica o início do desenvolvimento do diabetes mellitus tipo 2 e consequente instauração da síndrome metabólica tão logo durante a infância tardia desses animais. Além disso, houve aumento significativo da esteatose, inflamação e ballooning no fígado dos animais experimentais, o que culmina na esteato-hepatite, estágio antecessor do câncer hepatocelular. Por fim, conclui-se que o período da gestação e lactação são uma janela metabólica suscetível aos estresses nutricionais e à reprogramação metabólica dos descendestes, e que essa reprogramação ocorre de forma diferente entre os sexos.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS/CCBS} }