@MASTERSTHESIS{ 2021:1448719611, title = {Vozes do chão em vasto mundo: uma análise da obra neorregionalista de Maria Valéria Rezende à luz da geografia humanista cultural}, year = {2021}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3562", abstract = "Objetiva-se analisar a obra Vasto mundo (2001), da autora brasileira Maria Valéria Rezende, à luz da Geografia Humanista Cultural, de viés fenomenológico. A história gira em torno de uma pequena vila denominada Farinhada, localizado no Nordeste brasileiro. Os moradores do vilarejo apresentam uma forte ligação com sua terra natal e por vezes sentem dificuldades de adaptação em outros lugares longe dali, principalmente, no contexto urbano. É o próprio chão de Farinhada quem nos revela as andanças desse povo, bem como esquadrinha o interior de cada homem e mulher que por ele passa ou habita. O solo seco entrega afeto maternal aos seus moradores e estabelece uma relação de interdependência. Rezende constrói em sua obra um Nordeste generoso, embora castigado pelo clima seco e pela pobreza, por outro lado a autora tece o seu sertão na esperança, alegria e cultura do povo nordestino. A análise trata de uma leitura interdisciplinar, em que será estabelecido um diálogo entre a crítica literária, a Geografia Humanista Cultural, de base fenomenológica, e os estudos que dialogam com as temáticas do pertencimento. Serão discutidos os conceitos de: espaço; lugar; lar; topofilia, topofobia; apinhamento; espaciosidade; lugar-sem-lugaridade; enraizamento e alguns sentimentos relacionados às questões espaciais vivenciadas pelos personagens da obra, como “medo” e “esperança”. Para tal discussão, faz-se necessário o aporte teórico da Geografia Humanista Cultural, sobretudo dos geógrafos Éric Dardel, Yi-Fu Tuan e Edward Relph. A obra evidencia traços de uma tradição regionalista vista sob a ótica do contemporâneo, por isso, a fim de observar a referente temáticas, serão ainda referenciados autores de outras áreas. Da crítica literária destacam-se os apontamentos de: Luís Bueno (2006); Alfredo Bosi (2017); Antônio Candido (2016), Massaud Moíses (2012); Antonio Dimas (2014); Eduardo Coutinho (2019); Herasmo Brito (2017) e outros. Das contribuições de historiadores e antropólogos evidenciam se os trabalhos de: Durval Albuquerque Júnior (2011); Lillian Schwartz (2012); Gilberto Freyre (1996); Lévi-Strauss (1976); Anthony Giddens (2013); e os teóricos da memória: Maurice Halbwacks (2003) e Michel Pollak (1992).", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA E SOCIEDADE/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH} }