@MASTERSTHESIS{ 2022:733306569, title = {Dinâmica espacial da Covid-19 no Estado do Maranhão}, year = {2022}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3560", abstract = "A Covid-19, doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, elevada a nível de pandemia em março de 2020, tem trazido preocupações sanitárias em função dos expressivos indicadores de morbimortalidade observados. Por tratar-se de uma doença recente, é essencial conhecer seu comportamento epidemiológico e regiões de predominância. Métodos de análise espacial são eficientes para a identificação das áreas de risco, fornecendo subsídios para a otimização de políticas públicas de saúde. O objetivo desse estudo foi analisar a distribuição espacial dos casos e óbitos causados pela Covid-19 no estado do Maranhão. Realizou-se estudo ecológico da distribuição espacial de casos (incidência) e óbitos (mortalidade e letalidade), tendo como unidade de análise os municípios maranhenses. A população do estudo incluiu todos os casos notificados no estado do Maranhão entre 20.03.2020 e 07.07.2021 e todos os óbitos registrados no período de 29.03.2020 a 07.07.2021, totalizando 323.043 casos e 9.225 óbitos. Os dados foram coletados a partir do banco de dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES) do Maranhão. As estimativas populacionais correspondem ao ano de 2020 obtidas por meio das malhas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram estimadas as taxas de incidência, mortalidade e letalidade para os 217 municípios maranhenses com elaboração de mapas temáticos utilizando o software QGis. A dependência espacial foi identificada por meio do Índice de Moran Global e a delimitação dos clusters de risco por meio do Índice de Moran Local, utilizando o software GeoDa. Os resultados apontam que os municípios com as maiores incidências por 100 mil habitantes foram: Lagoa do Mato (17.940,5), Feira Nova do Maranhão (17.810,0), Igarapé Grande (14.788,8) e São Raimundo das Mangabeiras (11.375,1) e menor incidência em Boa Vista do Gurupi (178,95). Na análise da mortalidade por 100 mil habitantes, as maiores taxas foram em Campestre do Maranhão (304,4), Imperatriz (303,1), João Lisboa (235,9) e Porto Franco (224,1). Em relação à letalidade, as maiores taxas foram em Boa Vista do Gurupi (26,6%), Paço do Lumiar (21,2%) e Viana (11,9%). Os indicadores de saúde apresentaram autocorrelação espacial positiva, sendo os índices de Moran Global de incidência 0,328, de mortalidade 0,348 e de letalidade 0,161, com p < 0,05. Foram detectados os clusters de alto risco para incidência, mortalidade e letalidade localizados, respectivamente, na mesorregião Centro e Sul, na mesorregião Norte e na mesorregião Oeste maranhense. Conclui- se que os casos e óbitos da Covid-19 distribuíram-se de forma heterogênea nos municípios, com autocorrelação espacial positiva e formação de clusters de alto risco para incidência, mortalidade e letalidade, com áreas de predominância, influenciadas pelo fluxo intermunicipal de pessoas, limitação do acesso e disponibilidade dos serviços de saúde. As características locais, sociais e demográficas dos municípios devem ser consideradas em investigações futuras para um melhor entendimento da dinâmica da doença, assim como para verificar se os serviços de saúde estão organizados de forma satisfatória e se são sensíveis à realidade local. Os achados desse estudo podem contribuir para o fortalecimento das políticas de saúde de combate à pandemia, por fornecerem subsídios para a elaboração de estratégias que visem à redução dos indicadores.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM/CCBS} }