@MASTERSTHESIS{ 2022:301741038, title = {(In)aplicação do princípio da insignificância aos crimes contra a ordem tributária e ao crime de apropriação indébita previdenciária: uma análise jurisprudencial comparada}, year = {2022}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3527", abstract = "O Direito Penal brasileiro passa por uma crise em razão da pena não cumprir o seu papel de ressocialização, assim como pela existência de uma seletividade penal, tanto no processo de criação da norma penal, quanto na sua interpretação/aplicação pelas Instituições do Sistema de Justiça Penal à revelia de uma dogmática jurídico-penal adequada. Em paralelo, no Brasil aplica-se o princípio da insignificância, descaracterizando como crime as condutas que, embora sejam formalmente típicas, lesionam de forma ínfima o bem jurídico tutelado pela norma penal. Dentro desse cenário há uma incoerência jurisprudencial no que concerne à aplicação desse princípio ao crime de apropriação indébita previdenciária (art. 168-A do Código Penal). O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento pela não aplicação do citado princípio, afirmando que o crime do artigo 168-A do Código Penal tutela um bem jurídico supraindividual. Não obstante, há na jurisprudência nacional o entendimento consolidado pela aplicação do princípio da insignificância aos crimes contra a ordem tributária (Lei n.o 8.137/90), mesmo que esses crimes tutelem um bem jurídico supraindividual, desde que os valores não ultrapassem o patamar de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). O objetivo geral desta pesquisa consiste em analisar a incoerência na (in)aplicação do princípio da insignificância aos crimes contra a ordem tributária (Lei n.o 8.137/90) e ao crime de apropriação indébita previdenciária na jurisprudência do STF, STJ e TRF1 como um processo de interpretação realizado à revelia de uma dogmática jurídico-penal adequada e que denota uma seletividade penal. Para tanto, foi utilizado o método de abordagem indutivo com viés quantiqualitativo. Quanto ao procedimento metodológico, foi utilizado o método comparativo. Por fim, foram aplicadas as seguintes técnicas de pesquisas: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e a análise de conteúdo temática. Como resultado, esta pesquisa constatou, sob o viés comparativo, a partir da análise dos acórdãos, que a aplicação do princípio da insignificância pelos tribunais em estudo reflete uma incoerência ante a ideia de bem jurídico supraindividual tutelado pelos crimes analisados, assim como uma dogmática jurídico-penal inadequada, na medida em que não respeita as premissas estabelecidas no ordenamento jurídico.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO/CCSO}, note = {DEPARTAMENTO DE DIREITO/CCSO} }