@PHDTHESIS{ 2021:2004290938, title = {AUSÊNCIA DO ACOMPANHANTE EM TEMPO INTEGRAL E SEU EFEITO NA OCORRÊNCIA DE INTERVENÇÕES DESNECESSÁRIAS NO PRÉ-PARTO E PARTO EM MATERNIDADES BRASILEIRAS VINCULADAS À REDE CEGONHA.}, year = {2021}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3478", abstract = "Introdução: A presença do acompanhante em tempo integral é um direito garantido por lei, capaz de otimizar a fisiologia do parto, reduzir o período de internação, conferir apoio psicológico e emocional à mulher, entre outros benefícios. Todavia, esse direito não vem sendo cumprido em sua totalidade nas maternidades vinculadas à Rede Cegonha. Objetivo: analisar a ausência do acompanhante em tempo integral e seu efeito na ocorrência de intervenções desnecessárias no pré-parto e parto em maternidades brasileiras vinculadas à Rede Cegonha. Método: Estudo nacional, de corte transversal, realizado em todas as maternidades brasileiras vinculadas à RC, do Sistema Único de Saúde, no período de dezembro/2016 a outubro/2017. Participaram do estudo 5.113 puérperas de todas as regiões do país, que pariram por via vaginal em uma das 606 maternidades com plano de ação regional aprovado na Rede Cegonha. No primeiro artigo, foram estimadas proporções e respectivos intervalos de confiança (IC) a 95%, ajustados para o efeito do cluster, comparando-se as macrorregiões pelo teste Qui-quadrado de Wald e, no segundo artigo, foi desenvolvido um modelo teórico usando Gráfico Acíclico Direcionado, testando-se as hipóteses por inferência causal. A ausência do acompanhante durante a internação foi considerada como exposição e a ocorrência de intervenções desnecessárias no pré-parto e parto como desfecho. Utilizou-se o pareamento por escore de propensão e a ponderação pelo inverso da probabilidade de exposição para balancear os grupos e estimar o efeito causal, por meio de coeficientes de regressão (CR) ajustados, e respectivos IC a 95% e (alpha=5%). Resultados: A presença do acompanhante em tempo integral ocorreu em 71,2% dos partos, sendo maior entre puérperas com idade de 20-35 anos, de cor parda, com maior escolaridade, casadas e que pariram de parto vaginal. Quase 30% das puérperas não tiveram acompanhante em tempo integral. Mulheres pretas autodeclaradas, de menor escolaridade, solteiras e que foram assistidas por profissional médico durante o parto tiveram menos acompanhantes. O momento do parto teve maior ausência do acompanhante (70,8%). Constatou-se que 90,2% das mulheres que pariram por via vaginal sofreram algum tipo de intervenções desnecessárias no pré-parto e/ou parto. As regiões Norte, Nordeste e Sudeste tiveram maior ocorrência de intervenções em mulheres sem acompanhante. A ausência do acompanhante teve efeito na ocorrência de venóclise (Coef= 0,083; IC 95% 0,037 – 0,129), litotomia (Coef= 0,144; IC 95% 0,103 – 0,185) e episiotomia (Coef= 0,064; IC 95% 0,022 – 0,105). Conclusão: A presença do acompanhante em tempo integral funciona como um controle de qualidade da assistência profissional, contribuindo para a redução de condutas profissionais de assistência ao parto consideradas prejudiciais e/ou ineficazes, tornando-as menos tecnicista e medicalizante.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA/CCBS} }