@MASTERSTHESIS{ 2021:640597560, title = {Expansão e distribuição da educação superior em enfermagem no Brasil: desafios e perspectivas}, year = {2021}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3477", abstract = "Introdução: Ao longo dos anos, tem-se observado intensa expansão dos cursos e das vagas de graduação em Enfermagem no país, com maior atuação da iniciativa privada. Objetivo: Analisar a expansão e a distribuição do ensino superior de Enfermagem no Brasil, no período de 1890 a 2019, segundo a categoria administrativa da instituição de ensino pública ou privada. Métodos: Estudo transversal, baseado em dados secundários, disponíveis on-line, no portal e-MEC, relacionados a 1.244 cursos e 190.610 vagas para o curso de graduação em Enfermagem na modalidade presencial, com início de funcionamento entre 1890 (ano de criação da primeira escola de Enfermagem) até junho de 2019, data da coleta dos dados. Considerando-se a categoria administrativa da instituição pública ou privada dos cursos, realizaram-se comparações da distribuição de cursos e vagas de Enfermagem, segundo as variáveis relacionadas às instituições que ofertavam o curso e à localização geográfica. Estimaram-se as taxas de vagas públicas, privadas e total por 10.000 habitantes para as Unidades Federativas e macrorregiões do Brasil. Também, calculou-se a razão privada/pública do número de vagas e verificaram-se as diferenças estatísticas, por meio de testes de qui- quadrado (α=5%). Resultados: Ao longo de 129 anos, o ensino superior de Enfermagem foi se tornando predominantemente privado e com distribuição heterogênea de cursos e vagas pelo país. Entre 1997 e 2010, instituiu-se intenso processo de expansão com abertura de novos cursos e vagas em todas as regiões do país, especialmente privados. Com isso, em 2019, verificaram-se a predominância de cursos (85,9%) e vagas (93,6%) privados para Enfermagem. Respectivamente, esta oferta de cursos e vagas privados para graduação se concentrou nos grandes centros urbanos (56,0%; 67,1%) (p-valor<0,05), na Região Sudeste (40,8%; 45,8%), e nos estados mais ricos: São Paulo (19,7%; 26,1%), Minas Gerais (12,5%; 9,1%) e Rio de Janeiro (9,0%; 10,2%). Enquanto os cursos (14,1%) e as vagas (6,4%) sob gestão pública não acompanharam esse aumento e foram mais frequentes no Nordeste (36,6%; 32,2%) e interior dos estados (57,7%; 53,8%) (p-valor<0,05). Observaram-se desiguais taxas de vagas/10.000 habitantes entre os estados e as regiões do país, em que as Regiões Norte e Sul apresentaram as menores densidades por vagas por 10 mil habitantes, enquanto as Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, as maiores. Conclusão: Analisaram-se a trajetória temporal de expansão e distribuição dos cursos e vagas de Enfermagem desde o primeiro curso até 2019, segundo a natureza pública ou privada das instituições, evidenciando o movimento de forte privatização da educação superior de Enfermagem no Brasil, especialmente nas localidades mais ricas e mais populosas. Os resultados contribuem para reflexões e críticas sobre a tendência de expansão do ensino de Enfermagem no país, em que o cenário pouco equitativo de distribuição dos cursos e das vagas reflete a forma rápida e desordenada em que ocorreu essa expansão, indicando necessidade de regulação da abertura de novos cursos e vagas, pois embora os mesmos tenham aumentado, estes não beneficiaram de forma homogênea as diversas localidades do país.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE MEDICINA I/CCBS} }