@MASTERSTHESIS{ 2021:1484110419, title = {Hanseníase em menores de 15 anos: caracterização sociodemográfica e clínica dos casos notificados em um munícipio hiperendêmico do Maranhão (2010-2019)}, year = {2021}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3464", abstract = "A ocorrência da hanseníase em menores de 15 anos representa um importante indicador epidemiológico que reflete a expansão e a gravidade da doença. Objetivouse analisar o perfil sociodemográfico e clínico dos casos notificados de hanseníase em menores de 15 anos no município de São Luís – MA, no período de 2010 a 2019. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa. A população foi composta por todos os casos de hanseníase em menores de 15 anos notificados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN). Para os dados complementares obtidos a partir do Protocolo Complementar de Investigação Diagnóstica de Casos de Hanseníase em Menores de 15 anos (PCID), a amostra foi constituída por 122 casos. A coleta foi realizada no período de novembro de 2020 a janeiro de 2021. Os dados foram analisados no programa EPI-INFO, versão 7 (CDC – Atlanta), a partir de estatística descritiva, expressos em frequências absolutas e relativas. No período analisado, notificaram 826 casos de hanseníase em menores de 15 anos, o que corresponde a 8,9% do total de casos notificados na população geral. O município de São Luís foi classificado com parâmetros hiperendêmicos em toda a série histórica, apresentando taxas de detecção superiores a 10 casos/100 mil habitantes na população de zero a 14 anos. Com relação aos aspectos sociodemográficos, a hanseníase ocorreu com maior frequência em crianças com idade entre 10 e 14 anos (60,29%), sexo masculino (51,09%), raça parda (69,59%), que cursavam entre a 5ª e 8ª série do ensino fundamental incompleto (39,58%) e que residiam na capital do estado (71,91%). Na análise dos aspectos clínicos, predominou os casos com classificação operacional multibacilar (62,71%), forma clínica dimorfa (54,24%), 0 a 5 lesões na pele (74,45%), 0 a 2 nervos afetados (83,23%) e grau zero de incapacidade física no diagnóstico (78,89%). Sobre a baciloscopia, menos da metade dos notificados realizam o exame (46,28%). Quanto ao modo de entrada, prevaleceu os casos novos (93,70%), detectados por demanda espontânea (46,38%) e encaminhamentos (37,34%). No que se refere aos dados clínicos complementares do PCID (n=122) constatou-se um maior percentual de casos que receberam o diagnóstico da doença após mais de um ano do início dos sintomas (41,80%). Sobre a sintomatologia atual, mais da metade das crianças analisadas não realizaram tratamento prévio (57,38%), e dentre aquelas que realizaram acompanhamento terapêutico anterior (n=51), cerca de 41,91% trataram os sintomas da hanseníase como doença de pele causada por fungo (41,91%). Considerando a hanseníase na família, a maioria dos casos tinham contato no ambiente familiar (59,02%), com pelo menos uma pessoa doente (62,50%). O estudo evidência altas taxas de detecção, diagnóstico tardio, histórico familiar, detecção de formas graves e transmissíveis, baixa busca ativa dos casos, falhas nas ações de controle e dificuldades na realização do diagnóstico, indicando transmissão ativa e manutenção da gravidade da doença na região analisada. Dessa forma, recomenda-se o aprimoramento de medidas mais específicas para o enfrentamento da hanseníase no público infantil.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM/CCBS} }