@MASTERSTHESIS{ 2020:198728924, title = {Análise espaço-temporal das internações hospitalares por câncer de boca no Brasil e sua correlação com a expansão da rede de atenção à saúde}, year = {2020}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3283", abstract = "Introdução: O câncer de boca (CB) é uma doença crônica degenerativa com significativa incidência, morbidade e mortalidade. Sua alta incidência tem se refletido no aumento do número de tratamentos ambulatoriais, das taxas de internações hospitalares (IH) e dos recursos públicos demandados para custear os tratamentos. No Brasil, a Rede de Atenção à Saúde (RAS) é responsável pelo atendimento integral ao paciente oncológico. No entanto, há poucas evidências para avaliar se a expansão da RAS tem algum efeito sobre as IH por CB que evoluíram para o óbito no país. O objetivo desse estudo foi analisar as IH e óbitos por CB no Brasil e sua correlação com a expansão da RAS. Método: Estudo ecológico, longitudinal e analítico das IH por CB registradas no Sistema de Informação Hospitalar disponíveis no DATASUS/MS de 2007 a 2019. O desfecho de interesse foi a proporção de IH por CB que evoluiu para óbito. Para análise da RAS foram consideradas as variáveis: médico por habitante, cirurgião-dentista (CD) por habitante, cobertura da estratégia saúde da família (ESF) cobertura de ESB na ESF, número de Centros de Especialidades Odontológicas (CEO), número de leitos oncológicos. Foram realizadas análises descritivas, espaciais e regressão binomial negativa, estimando-se coeficientes de regressão brutos e ajustados e respectivos intervalos de confiança a 95% (IC95%), considerando =5%. Resultados: Foram registradas 262.728 IH por CB no Brasil de 2007 a 2019. O número IH que evoluíram para óbito foi de 10.92%. A média de permanência hospitalar foi de 6,3 dias. O câncer de língua foi o sítio anatômico mais frequente. Todas as Unidades Federativas (UF) apresentaram cobertura da ESF maior em 2018 que em 2007. Em 2007, o índice de Moran (I) revelou uma correlação espacial negativa entre a proporção de óbitos hospitalares por CB e a cobertura da ESF (I=-0,234), de ESB (I=-0,228) e de CEO (I=-0,100); e uma correlação espacial positiva com razão de CD/habitante (I=0,241), médicos/habitante (I=0,365) e de leitos oncológicos/ habitante (I=0,238). Em 2019, os índices de autocorrelação espacial foram inversamente proporcionais para todos os preditores utilizados. Na análise ajustada, a proporção de IH com óbitos pelo CB foi maior nas UF do Norte do país; e foi inversamente associada com a razão de médicos ̸habitante (β=-0,014; p=0,040), CD/habitante (β=-0,720; p=0,045), número de CEO (β=-0,004; p<0,000), com o valor per capita pago por IH (β=-10,350; p<0,000) e quantidade de biópsias executadas (β<0,001; p=0,010), número; e positivamente associada com a quantidade médias de dias de IH (β<0,001; p=0,002). Conclusão: O aumento da cobertura da RAS diminuiu as IH graves por CB no Brasil.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA/CCBS} }