@MASTERSTHESIS{ 2020:1267946857, title = {Maracatu pelas mãos de mulheres: Histórias e Memórias encruzadas pelo Axé, Resistência e Militâncias no Baque Mulher}, year = {2020}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3245", abstract = "Esta pesquisa evidencia a atuação de mulheres batuqueiras no Maracatu Baque Mulher - grupo idealizado e fundado pela Mestra Joana Cavalcante, primeira mulher a reger uma nação de maracatu, a Nação do Maracatu Encanto do Pina, localizada na Comunidade do Bode, no bairro do Pina, periferia de Recife/PE. Quem disse que mulheres não podem tocar tambor? Elas não só tocam, como são lideradas por uma Mestra. As análises desta investigação buscam compreender as produções das representações e dos discursos à materialidade musical - ou seja, observar de que forma as mulheres batuqueiras constituem suas identidades e ressignificam suas trajetórias de resistência por meio da música do maracatu nação, promovendo militâncias contra o machismo, racismo, intolerância religiosa, entre outras. Para dissertar sobre estas problemáticas, metodologicamente realizei revisão e levantamento bibliográfico; e também uma imersão no campo, um processo de observação participante (pesquisadora-batuqueira) o que oportunizou vivências e escutas roteirizadas, com perguntas semi-estruturadas, registros fotográficos e audiovisuais durante dos eventos e apresentações do Maracatu Baque Mulher. Tendo em vista a complexidade desta manifestação cultural, a qual tem fundamento no Candomblé Nagô, promovida por comunidades periféricas, na sua maioria mulheres e homens negros, que guardam em suas memórias coletivas momentos de resistência e luta, foi adotada uma perspectiva teórica a partir da Interseccionalidade como uma forma de, a partir das discussões de teóricas do Feminismo Negro Decolonial, abarcar as vivências que estão entranhadas em marcadores sociais da desigualdade. Além dessa, me aproximo dos estudos da Etnomusicologia para apresentar a prática musical do maracatu nação enquanto processos sociais constituídos por mulheres em sua diversidade - corpos políticos que de mãos dadas tornam-se um Movimento Feminista do Baque Virado para atender as demandas opressoras de numa sociedade cisheteropratriarcal branca, que apaga e/ou invisibiliza corpos de mulheres, em maior número mulheres negras periféricas.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA E SOCIEDADE/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE ARTES/CCH} }