@PHDTHESIS{ 2013:2013037608, title = {A morte na Unidade de Terapia Intensiva: o agir e o sentir do profissional de saúde}, year = {2013}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3195", abstract = "A morte é um processo natural intrinsecamente ligado à vida que traz diferentes emoções e significados, e nas últimas décadas passou do ambiente familiar para o ambiente hospitalar, adicionando uma carga de solidão e negatividade que a levou a ser transformada em tema pouco discutido entre profissionais de saúde. Na formação de enfermeiros e médicos os temas morte e morrer tem sido tratados de forma pouco relevante e os estudantes tem contato com eles em momentos pontuais e cada vez mais raros durante a sua formação. Ao final de sua graduação, ao se depararem com a finitude de seus pacientes sentimentos de fracasso, angústia e impotência podem surgir, e até causar adoecimento nestes profissionais. Na Unidade de Terapia Intensiva a morte é parte de seu cotidiano, pois é o local de ocorrência da maior parte das mortes hospitalares. A UTI, é o espaço destinado a tratamento especializado onde tecnologia e treinamento unem-se a fim de tratar quadros clínicos onde a ameaça à vida está sempre presente, e com isso prolongar o morrer de forma indefinida por muitas vezes. O tratamento destes quadros impõe ao profissional uma necessidade de concentrar-se na doença, fazendo-o esquecer e até renegar o humano daquele corpo ameaçado pela iminência de morte. Transformada em inimiga, a morte é combatida a todo o custo, e durante esta batalha perdemse pelo meio do caminho as relações entre profissional e paciente, entre profissional e sua família. Com objetivo de analisar fatores associados e a percepção do significado e atitudes diante da morte realizou-se um estudo com as metodologias quantitativa e qualitativa de pesquisa. Com a metodologia quantitativa realizou-se um estudo transversal, analítico com profissionais das quatro UTIs de um hospital universitário, entre agosto de 2010 e agosto de 2012 em que consideraram-se cinco diferentes desfechos: significado de morte”; “significado de morte do paciente terminal"; “atitude diante da notícia de morte”; “reanimação do paciente fora de possibilidade terapêutica”; “discussão da ordem de não-ressuscitação” ; utilizou-se regressão de Poisson e logística multinomial (alpha=5%) para estimar as associações. Por meio de questionários e entrevistas semiestruturadas, apenas com os profissionais de terapia intensiva pediátrica utilizou-se a metodologia qualitativa com análise de conteúdo na modalidade temática. Resultados: havia 118 profissionais de trabalhando nas UTIs durante este estudo, 97 foram incluídos nesta pesquisa, e destes 14 foram a amostra da metodologia qualitativa. Havia 52 médicos e 45 enfermeiros cuja idade variou de 24 a 62 anos (M= 38 ± 7,6), 77,32% eram do sexo feminino, idade variando de 27 a 53 anos, o tempo de atuação em UTI variou de 1 a 32 anos e que trabalhavam em média 43 horas semanais. O significado da morte variou de acordo com a categoria profissional, tipo de UTI e carga horária semanal. Quanto à atitude diante da notícia de morte enfermeiros e profissionais cuja carga horária semanal é maior que 60 h compartilham a comunicação; aqueles que afirmaram terem seu comportamento diante da notícia de morte ser influenciado pela educação e os enfermeiros concordaram com a reanimação do paciente terminal; profissionais com mais de 38 anos, que trabalham em UTI infantil concordaram que a ONR deve ser discutida. Entre aqueles que trabalhavam com crianças o sentimento de ambivalência diante da situação de morte esteve relacionado à condição clínica e ao contexto em que se inseria aquela criança. A ansiedade, emoção muito presente entre estes profissionais pode despertar culpa e impotência demonstrando a complexidade envolvida na percepção da morte. Utilizam-se da religião como mecanismo de enfrentamento e reconhecem a falta de preparo durante a graduação e pós-graduação. Concluiu-se que o sentir foi associado a carga horária semanal, categoria profissional e o tipo de UTI em que trabalham, enquanto que o agir associou-se à formação profissional e à categoria; em relação à morte de crianças, esta desperta sentimentos contraditórios em profissionais de saúde, que se utilizam da religião e do envolvimento com a família para enfrentá-la e ressentem-se da falta de contato com o tema durante a sua formação.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA/CCBS} }