@PHDTHESIS{ 2020:1107205579, title = {Acidentes de trabalho com exposição a material biológico em profissionais de saúde no Brasil: tendência temporal e fatores associados ao uso de equipamento de proteção individual}, year = {2020}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3137", abstract = "Introdução: De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano, três milhões de profissionais de saúde no mundo são expostos a patógenos sanguíneos através dos acidentes percutâneos. Como precaução para reduzir essa exposição elenca-se o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que funcionam como barreiras de proteção das mucosas, vias aéreas e pele. Objetivo: Analisar o uso de equipamentos de proteção individual entre os profissionais de saúde que sofreram acidentes de trabalho com exposição a material biológico ocorridos no Brasil (ATEMB), no período de 2010 a 2018. Método: Realizou-se um estudo de tendência, tipo ecológico, de séries temporais do uso de EPIs por profissionais de saúde vítimas de ATEMB, no Brasil; e um estudo transversal, tipo analítico, sobre os fatores associados ao uso EPIs por profissionais de saúde acidentados com material biológico no Brasil. As informações foram coletadas a partir do banco de dados do Sistema de Informação sobre Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde. Realizou-se análise descritiva dos dados e foram calculadas as proporções do uso de EPIs. Para análise das tendências sobre o uso de EPI durante o acidente de trabalho, utilizou-se o procedimento de Prais-Winsten para regressão linear generalizada. A tendência dos coeficientes foi avaliada em crescimento, declínio ou estabilidade. Para o estudo de fatores associados realizou-se a análise descritiva dos dados e, posteriormente, a análise univariada para verificar a associação das variáveis independentes em relação ao desfecho (adesão efetiva: uso de pelo menos três EPI), utilizou-se o modelo de regressão de Poisson com variância robusta. Na análise multivariada também foi utilizada a regressão de Poisson com variância robusta e modelagem hierarquizada para controle de possíveis fatores de confusão e estimação das razões de prevalência (RP) entre as variáveis independentes e o desfecho. A pesquisa atendeu aos aspectos éticos das Resoluções 466/12 e 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), apreciado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Resultados: Na análise da tendência de série temporal, evidenciou-se crescimento positivo tanto para os dados gerais nacionais, quanto para todas as regiões do Brasil. Assim, houve aumento do uso de EPIs em todas as regiões do país, mas, ao analisar as Unidades Federativas, as tendências foram heterogêneas. A região Norte apresentou as maiores taxas de variação do Brasil (com destaque para os estados de Rondônia e Amapá́). A região Nordeste teve a menor taxa de variação entre as regiões e o estado de Sergipe foi o único que apresentou tendência decrescente. Na região Centro-Oeste apenas Goiás apresentou tendência crescente. As regiões Sul e Sudeste foram as únicas regiões homogêneas, nas quais todas as UFs apresentaram tendência crescente. No estudo de fatores associados foi identificado que, dos 308.997 ATEMBs entre os profissionais de saúde, apenas 27,38% utilizavam três ou mais EPIs no momento do acidente. Observou-se na análise ajustada que ser profissional com idade menor ou igual a 40 anos, ter 12 anos ou menos de escolaridade, trabalhar na capital ou região metropolitana, trabalhar com ocupação de nível técnico, ter 10 anos ou menos ou mais de 20 anos de trabalho, acidentar-se por exposição percutânea, por sangue e por perfurocortantes, relacionaram-se a maiores chances de não estar usando EPI nos casos de acidentes de trabalho. Conclusão: Os achados apontam para a necessidade de fortalecimento da educação permanente direcionada aos profissionais de saúde, principalmente nas regiões com menores proporções de adesão ao uso de EPI e nas que não apresentaram crescimento de adesão ao uso de EPI. A identificação da prevalência e dos fatores associados aos acidentes de trabalho entre os profissionais de saúde podem permitir intervenções sobre comportamentos de risco e melhoria na qualidade das condições de trabalho.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM/CCBS} }