@PHDTHESIS{ 2019:580321445, title = {RELEVÂNCIA DO CANAL IÔNICO TRPV1 NO DESENVOLVIMENTO DA MALÁRIA CEREBRAL.}, year = {2019}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2989", abstract = "A malária é uma doença infecciosa, sistêmica e parasitária de importância mundial, com elevada taxa de morbidade e mortalidade. A malária grave é uma complicação neurológica associada à inflamação cerebral a qual pode levar a óbito ou causar sequelas neurológicas em pacientes sobreviventes mesmo com o tratamento adequado. A resposta imune inata do paciente apresenta um papel determinante na defesa do hospedeiro e também na patogênese da malária cerebral, uma vez que a presença de eritrócitos infectados sequestrados no endotélio da microcirculação cerebral desencadeia os mecanismos do estresse oxidativo e estresse nitrosativo, com produção excessiva de espécies reativas de oxigênio (ERO) e nitrogênio (ERN), moléculas relacionadas com a peroxidação lipídica, causando danos não somente ao parasita, mas também a células endoteliais e à integridade da barreira hematoencefálica, expondo o sistema nervoso central ao Plasmodium falciparum (em humanos) e P. berghei ANKA (em roedores). Dentre as diversas alterações que ocorrem no hospedeiro na malaria cerebral, o estresse oxidativo/nitrosativo é essencial para a morte do parasita e para a sinalização da resposta imune, além disso, o mecanismo de ação de diversas drogas antimaláricas disponíveis atualmente tem como alvo o aumento do estresse oxidativo, reduzindo a parasitemia e controlando a infeção. No organismo humano o estresse oxidativo/nitrosativo é regulado por um grupo de receptores de membranas celulares, como o TRPV1. Recentemente, foi demonstrado que o receptor de potencial transitório vanilóide 1 (TRPV1), um sensor do estresse oxidativo, é capaz de modular a resposta imune periférica do hospedeiro contra a malária, no entanto, pouco se sabe acerca de sua relevância nas alterações cerebrais decorrentes da malária grave. Assim, investigou-se a importância do TRPV1 no desenvolvimento da malária cerebral causada por P. berghei ANKA em camundongos. Para isto, utilizou-se camundongos C57BL/6 machos, selvagens (wild type; WT) e com deleção gênica para o TRPV1 (TRPV1 KO). A contribuição do TRPV1 na malária cerebral foi avaliada ainda, em animais tratados repetidamente com o antagonista seletivo SB366791 (0,5 mg/kg, s.c.). Os resultados obtidos demonstram que a infecção induzida por P. berghei ANKA reduz significativamente a expressão do TRPV1 no tecido cerebral. Ainda, animais TRPV1 KO foram protegidos contra a morbidade e mortalidade causadas pela malária cerebral, através da atenuação dos sinais e sintomas da doença e também da mortalidade, sem afetar a carga parasitária. Esta resposta foi associada à redução na formação de edema cerebral e modulação da expressão gênica de marcadores de integridade da barreira hematoencefálica (claudina-5 e JAM-A), além do aumento na produção de espécies reativas geradas pelo estresse oxidativo tecidual e plasmático; e redução na produção de citocinas sistêmicas e teciduais. O tratamento com SB366791, iniciado pós-indução da malária cerebral, promoveu o aumento da expressão do TRPV1 no cérebro e aumentou a sobrevivência dos camundongos. Os dados da presente tese indicam pela primeira vez que o canal iônico TRPV1 contribue para o desenvolvimento e prognóstico da malária cerebral, através da modulação da inflamação cerebral, portanto, pode ser sugerido como alvo terapêutico para o tratamento de pacientes infectados com o Plasmodium falciparum.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM REDE - REDE DE BIODIVERSIDADE E BIOTECNOLOGIA DA AMAZÔNIA LEGAL/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA/CCBS} }