@PHDTHESIS{ 2019:1865092713, title = {ICTIOFAUNA DO GOLFÃO MARANHENSE – AMAZÔNIA ORIENTAL: DIVERSIDADE, DISTRIBUIÇÃO E CONCENTRAÇÃO DE METAIS NA ÁGUA E NOS PEIXES.}, year = {2019}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2985", abstract = "O presente trabalho identifica e descreve as variações espacial e sazonal, bem como, níveis de contaminação na água e no tecido muscular de peixes do Golfão Maranhense, em áreas caracterizadas pela confluência das massas de água das baías de São José e São Marcos. Adicionalmente, efetua uma revisão sistemática dos artigos sobre biodiversidade de peixes na Amazônia (Brasil), com base em princípios da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos. A metodologia envolveu uma busca sistemática na base da Scientific Electronic Library Online (Scielo) com uso de descritores e operadores booleanos. A revisão envolveu o período de 2006 (ano imediatamente posterior à publicação da declaração) a 2018. O estudo de variação espaço-temporal da ictiofauna utilizou um delineamento espacial e sazonalmente estratificado com amostras bimestrais no período de novembro/2015 a julho/2018 ao longo de 4 pontos de coleta (P1, P2, P3 e P4) distribuídos no estuário do rio Perízes e estreito dos Mosquitos, sendo os trechos P1 e P2 mais a montante e P3 e P4 a jusante. O material biológico foi obtido a partir da instalação de redes de emalhar fixa do tipo tapagem. A avaliação do nível de contaminação da água e nos peixes ocorreu ao longo do rio dos Cachorros, caracterizando-se, também, por delineamento estratificado com distribuição dos pontos seguindo um gradiente salino decrescente (P1, P2 e P3), envolvendo amostragens no período chuvoso (abril e junho/2014) e estiagem (setembro e novembro/2014). Os resultados indicaram baixo número de artigos relacionado à biodiversidade de peixes da região amazônica, com contribuições de apenas 7,3% quando comparado ao total de estudos com áreas temáticas em diversidade e conservação da Amazônia. A ictiofauna no estuário do rio Perizes e estreito dos Mosquitos foi representada por 52 espécies. As famílias Sciaenidae e Ariidae foram as que mais se destacaram, tanto em termos de riqueza como abundância. Os índices de diversidade de Shannon-Wiener e Simpson apresentaram valores mais elevados no período de estiagem e nos pontos localizados mais a montante do estuário. As análises multivariadas sinalizaram mudança na composição das espécies em função da intensidade das chuvas. A Análise de Correspondência Canônica indicou predominância dos Clupeiformes e Perciformes associado aos elevados valores de salinidade. A concentração de metais na água estuarina revelou elevados valores de Fe e Al, com níveis acima dos limites definidos pela legislação brasileira. Para a concentração de metais no tecido muscular dos peixes, detectou-se valores expressivos para Pb e Cd, principalmente em peixes carnívoros e detritívoros. Portanto, tem-se uma porção central do Golfão que ainda apresenta status de área conservada, contudo, com padrões de contaminação por metais pesados com potencial para comprometer a biodiversidade e, consequentemente, a pesca que representa uma importante fonte de recurso econômico e proteico para a população do Maranhão. Além disso, o cenário no contexto bioético das pesquisas em biodiversidade de peixes na Amazônia torna imperativa a ampla divulgação dos princípios da Declaração Universal de Bioética e Direitos Humanos, além da implementação de políticas de financiamento de projetos com exigência, em seus editais, de estudos com abordagens vinculadas aos princípios da declaração da UNESCO.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM REDE - REDE DE BIODIVERSIDADE E BIOTECNOLOGIA DA AMAZÔNIA LEGAL/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA/CCBS} }