@MASTERSTHESIS{ 2019:1722010978, title = {A dor e a delícia de ser professor sob o olhar da clínica psicodinâmica do trabalho}, year = {2019}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2951", abstract = "A presente pesquisa teve como objetivo analisar os sentidos do trabalho docente frente aos encantos e desencantos com a profissão, para os professores do ensino fundamental, de uma escola da rede municipal de ensino da cidade de São Luís/MA. Muitas mudanças ocorreram no mundo do trabalho ao longo da história e puseram em curso novas demandas na área da educação, estabelecendo novas exigências ao profissional docente e, consequentemente, uma sobrecarga de trabalho que repercute na saúde física e mental dos professores. Diante de tantas condições adversas de trabalho, buscou-se compreender quais os sentidos que os professores atribuem ao seu trabalho, e em função dele. Para tanto, optou-se pelo uso do referencial teórico-metodológico da Psicodinâmica do Trabalho em articulação com o Materialismo Histórico-Dialético. Aplicou-se a Clínica do Trabalho e da ação preconizada por Christophe Dejours, na qual se privilegiou a construção de um espaço público de discussão, com a participação de 11 professoras que puderam compartilhar as suas vivências subjetivas e intersubjetivas relacionadas à organização do trabalho. A Clínica do Trabalho percorreu as seguintes etapas: pré-pesquisa, visando ao levantamento da demanda, por meio da realização de entrevistas de sondagem com as 11 professoras; a pesquisa propriamente dita, a qual ocorreu com a realização de sete sessões coletivas; escuta; observação clínica; discussão e interpretação dos conteúdos; e a validação e refutação dos resultados. Constatou-se que a organização do trabalho é marcada por distanciamentos entre o trabalho prescrito e o real, contribuindo para o sofrimento e o adoecimento do professor. Diante do sofrimento, as docentes fazem uso de estratégias de defesa, de formas mais isoladas: negação, adaptação, exploração e presenteísmo. Apesar das dificuldades, as professoras conseguem elaborar estratégias de mobilização subjetiva, fazendo uso da inteligência prática, buscando preservar a saúde e vivenciar o prazer, pelo fato de terem o seu trabalho reconhecido pelos alunos e seus pares, e disporem de certo grau de autonomia na atividade laboral. A experiência da Clínica do Trabalho com as professoras do ensino fundamental mostrou-nos que a escuta do vivido no trabalho pode trazer mudanças significativas para a vida dos trabalhadores.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA/CCH} }