@MASTERSTHESIS{ 2018:1981376654, title = {Prática antropológica em processos de regularização de territórios quilombolas: o antropólogo no INCRA}, year = {2018}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2898", abstract = "O texto aqui apresentado representa uma tentativa de analisar a atuação do antropólogo no âmbito dos processos oficiais de reconhecimento e identificação das terras ocupadas por “remanescentes das comunidades dos quilombos”, de que trata o Art. 68 do ADCT. Tem o objetivo de elaborar uma etnografia do fazer antropológico, a partir de nossa inserção profissional enquanto antropólogo na Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) no Maranhão (SR12-MA). O fazer antropológico é algo que tem está caracterizado por um método consagrado na disciplina antropológica, a observação participante no contexto do trabalho de campo intensivo junto aos grupos pesquisados. Se constitui enquanto um habitus (BOURDIEU, 2000) que se estrutura vinculado à prática do trabalho de campo, à dedicação em conhecer as chamadas sociedades primitivas, o exótico, o nativo, o outro, as sociedades distantes. Por outro lado, essa experiência do distanciamento, do estar “lá” com o “eles”, também pode ser realizada na própria sociedade do pesquisador. Como afirma Da Matta (1978), fazer antropologia é transformar o exótico em familiar e o familiar em exótico. A partir desse movimento de relativização do nosso próprio lugar, é possível fazermos também uma antropologia de nós mesmos. Nessa perspectiva o exercício que propomos é refletir sobre nossa própria atuação nos processos de regularização dos territórios quilombolas pois, percebemos que aqui se abre um espaço de discussão interessante sobre as condições do fazer antropológico e sobre seu suporte científico. Ao falar em antropologia da prática, entendo-a no sentido atribuído por Cardoso de Oliveira, do antropólogo profissional que exerce ações intervencionistas. Para consecução deste trabalho, realizei entrevistas semiestruturadas com a equipe de servidores do Incra no Maranhão. Também foram objeto de análise processos administrativos e Relatórios Antropológicos referentes ao reconhecimento e identificação dos “remanescentes das comunidades de quilombos” com demanda por regularização fundiária na superintendência do Incra no Maranhão, além de minhas próprias impressões enquanto profissional implicado por esse contexto de atuação.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA/CCH} }