@PHDTHESIS{ 2019:382661323, title = {A influência de impactos ambientais e do clima na ecologia de flebotomíneos (Diptera, Psychodidae) na Amazônia Maranhense}, year = {2019}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2881", abstract = "A leishmaniose tegumentar é endêmica na Amazônia Brasileira apresentando forte variação sazonal e ambiental. O município de Buriticupu representa uma importante área da Amazônia do Estado do Maranhão, com elevada incidência de casos de leishmaniose tegumentar. O primeiro surto epidêmico da doença notificado na década de setenta, era relacionado com as áreas florestais que começavam a ser exploradas. Novos perfis epidemiológicos foram notificados na década de oitenta, noventa e virada do milênio relacionados com desmatamentos, enquanto a diversidade e sazonalidade dos seus vetores biológicos ainda precisam ser estudadas. Nesse sentido, esse trabalho avaliou a estrutura da comunidade de flebotomíneos em ambientes silvestres e antropogênicos em áreas com diferentes épocas de colonização e graus de desmatamentos no município de Buriticupu. Foram capturados flebotomíneos em fragmentos florestais e em ambientes peridomésticos de assentamentos rurais estabelecidos em épocas distintas e categorizados como ―antigos‖ e ―recentes‖. As coletas ocorreram durante os anos 1996/1997. O estudo resultou na captura de 27.819 indivíduos de 43 espécies de flebotomíneos, sendo 42 do gênero Lutzomyia e 1 do gênero Brumptomyia. A abundância foi similar entre as duas áreas, de ocupação recente (13.931 indivíduos) e ocupação antiga (13.888 indivíduos), mas a riqueza foi maior na área recente (38 espécies) do que na antiga (28 espécies). Na área de ocupação recente a riqueza e abundância das espécies foram maiores na mata (35 espécies; 10.350 indivíduos) do que no peridomicílio (18 espécies; 3.581 indivíduos). Na área de ocupação antiga foi o contrário, a riqueza e abundância foram maiores nos peridomicílios (26 espécies e 13.190 indivíduos) do que na mata (18 espécies e 698 indivíduos). Quanto à ocorrência sazonal, no computo geral, a abundância das espécies foi maior na estação chuvosa (51%) do que na seca (49%), na área de ocupação recente; e o contrário ocorreu na área de ocupação antiga, a abundância foi maior na estação seca (52,5%) do que na chuvosa (47,55). O tipo de ambiente (florestas e peridomicílios) alterou a composição das espécies nos sítios amostrados, sendo L. evandroi, L. whitmani, L. choti, L. serrana, L. triacantha, L. migonei, L. hirsuta, L. shannoni e L. brachyphalla as espécies que, juntas, contribuíram com mais de 54% para a diferença encontrada entre os locais. Apenas duas espécies foram indicadoras de ambientes florestais — L. brachyphalla (Indval = 0.9565, p = 0.0277) e L. serrana (Indval = 0.9188, p = 0.0309); e uma foi indicadora de peridomicílio — L. evandroi (Indval = 0.9335, p = 0.0297). A composição, riqueza e abundância das espécies de flebotomíneos diferiram entre as áreas com diferentes períodos de ocupação humana e graus de mudança florestal. Nas áreas florestais mais conservadas (ocupação recentes), o número de espécies de flebotomíneos foi maior do que em fragmentos florestais alterados (ocupação antiga). No entanto, várias espécies ausentes nas florestas degradadas apareceram nos abrigos de animais domésticos presentes nos povoados rurais adjacentes. Os animais domésticos e seus abrigos podem ser usados como indicadores para prever a ocorrência de vetores de leishmanioses. Ocorreu variação temporal na comunidade de flebotomíneos, poucas espécies ocorrem o ano inteiro; algumas aparecem na estação seca e outras na chuvosa. A infestação de flebotomíneos pode ser um indicativo de problemas ambientais em determinadas áreas e utilizados para prognosticar futuros cenários e nortear ações preventivas para as leishmanioses.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM REDE - REDE DE BIODIVERSIDADE E BIOTECNOLOGIA DA AMAZÔNIA LEGAL/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA/CCBS} }