@MASTERSTHESIS{ 2019:1656031172, title = {Desigualdade, Interseccionalidade e políticas públicas: um estudo das narrativas da mídia sobre a epidemia de Zika vírus de maio de 2015 a maio de 2017.}, year = {2019}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2794", abstract = "A mídia ocupa lugar central na contemporaneidade com impactos em várias áreas do conhecimento e da vida. Neste trabalho, analisam-se as narrativas da mídia sobre a epidemia de Zika vírus nos jornais O Estado do Maranhão e Folha de São Paulo, no período de maio de 2015 a maio de 2017. A abordagem considera as contradições sociais, a historicidade dos sujeitos e das lutas sociais, as condições socioeconômicas e culturais de produção dos discursos a fim de construir uma análise que tenha como pressuposto as múltiplas determinações da realidade. Desenvolveu-se a pesquisa a partir de uma perspectiva histórica e considerando as contradições sociais para apontar os processos de exclusão social, exploração e dominação da população negra, buscando articular desigualdade sociais, raciais e de gênero no processo saúde-doença. Destaca-se também a produção feminista de conhecimento sobre as relações de gênero e a desnaturalização da inferioridade das mulheres, além de explicitar avanços e tensões entre perspectivas teóricas. Nesse contexto, apresenta-se a teoria da interseccionalidade como referencial teórico-metodológico com mais possibilidades de realizar aproximações à experiência de vida de mulheres negras. Ocupamo-nos, ainda, em investigar a influência da mídia na condição de sujeito do processo de políticas públicas sua relação com o campo político e econômico, a participação na tipologia Ciclo da Política Pública e no modelo Multiple Streams e a interrelação entre a agenda midiática (media agenda-setting), agenda pública (public agenda-setting) e agenda governamental (policy agenda-setting). Analisam-se os principais temas que compuseram a narrativa da epidemia de Zika vírus, considerando a forma como as categorias gênero, raça e classe social emergiriam nesses discursos, bem como outras que apareceram em associação como patriarcado e mulher. As narrativas da mídia sobre a epidemia de Zika vírus, em sua maioria, centraram-se na cobertura das ações governamentais, com foco nas atividades de combate ao mosquito Aedes e contribuíram para naturalizar as desigualdades e o adoecimento, fortalecendo os estereótipos de gênero, a invisbilização e silenciamento de mulheres negras como as mais afetadas, além de evidenciar a estreita relação entre a agenda midiática e governamental que favorece a manutenção da ordem social calcada no racismo, sexismo, patriarcalismo e naturalização da pobreza, prejudicando a formulação de políticas públicas mais assertivas, e que incorporem as demandas de sujeitos subalternizados.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS/CCSO}, note = {DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL/CCSO} }