@MASTERSTHESIS{ 2019:295258314, title = {Análise temporal e espacial da esquistossomose mansoni no estado do Maranhão no período de 2007 a 2016}, year = {2019}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2653", abstract = "A esquistossomose é uma doença causada por vermes parasitas do gênero Schistosoma. Esta endemia é considerada uma das Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) e afeta quase 240 milhões de pessoas em 78 países. No Brasil, a esquistossomose mansoni tem sido registrada em 19 estados. A ocorrência da doença tem sido registrada predominantemente no meio rural, porém com o intenso fluxo migratório para ambientes urbanos, as condições ambientais e sociais das zonas rurais têm sido reproduzidas em áreas periféricas das cidades, favorecendo assim o seu estabelecimento também nas zonas urbanas. No estado do Maranhão, a microrregião da Baixada Maranhense é reconhecida como tradicional zona endêmica de esquistossomose, por suas diversas características que favorecem a sua ocorrência. Este estudo teve como objetivo analisar a distribuição temporal e espacial dos casos de esquistossomose mansoni no estado do Maranhão no período de 2007 a 2016. Os dados foram obtidos de fontes secundárias: Programa de Controle da Esquistossomose do Maranhão (PCE-MA), SINAN e IBGE. Foram consideradas como unidades de análise as Regiões de Saúde do estado. O Maranhão apresentou taxa de prevalência de 3,8 para o período. Houve uma tendência estável da prevalência no estado. Quando correlacionada com outras doenças parasitárias (geo-helmintoses), a tendência de prevalência da esquistossomose mostrou-se crescente. As Regionais que apresentaram os maiores percentuais de positividade do estado foram Pinheiro (7,92), Zé Doca (3,30) e Viana (3,10). Verificou-se uma tendência significativa de diminuição da prevalência nas Regionais de São Luís e Zé Doca. Para as demais Regionais a série histórica mostrou-se estacionária. A análise espacial dos casos de esquistossomose demonstrou que o Maranhão possui dois principais núcleos de disseminação da doença, ambos localizados na porção norte do estado, sendo eles aBaixada Maranhense e o litoral leste. Os indicadores ambientais abastecimento de água e esgotamento sanitário inadequados e coleta de lixo mostraram correlação significativa com a prevalência da doença no estado. A esquistossomose atinge com mais frequência pessoas do sexo masculino, de cor parda, na faixa etária de 20 a 39 anos, residentes na área rural e que possuem o Ensino Fundamental incompleto. Embora a cobertura de tratamento do PCE no Maranhão ultrapasse os 90%, a taxa média de cura ficou abaixo de 80%. Verificou-se que o PCE do Maranhão passou por uma redução de suas atividades, com diminuição de 64,22% da população trabalhada e 65,42% de exames realizados. Este estudo concluiu que a prevalência da esquistossomose no Maranhão mostrou-se estável ao longo do período analisado. O estado ainda conserva a microrregião da Baixada Maranhense como uma importante área de disseminação da doença, atingindo grupos populacionais em vulnerabilidade social.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E AMBIENTE/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA/CCBS} }