@MASTERSTHESIS{ 2018:2046027502, title = {Aspectos gerais da coinfecção leishmaniose Visceral / HIV, no Maranhão}, year = {2018}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2648", abstract = "Introdução: As leishmanioses são doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania apresentando três formas de manifestação clínica: cutânea, mucocutânea e visceral. O cenário clínico da Leishmaniose Visceral (LV) pode ser agravado se houver associação com doença imunossupressora, como no caso da infecção pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) sendo um grande desafio a saúde pública, com evidente expansão dessa para municípios de médio e pequeno porte do interior do país, levando a um aumento do número de casos de co-infecção LV/HIV. Metodologia: O estudo foi realizado no hospital de referência estadual do Maranhão com a comparação de dois grupos (indivíduos com diagnóstico sorológico positiva para HIV co-infectados com LV e pacientes com LV sem HIV) do tipo transversal (2007 à 2017) usado como instrumento de coleta ficha protocolo adaptada do manual de vigilância e controle da Leishmaniose Visceral do Ministério da Saúde de 2006. Objetivo: Dessa forma, este trabalho tem como objetivo analisar o perfil clínico-epidemiológico, terapêutico e evolutivo da coinfecção LV/HIV positivo, comparando com apresentação da LV/HIV negativo, de 2007 a 2017. Resultado: Foram identificados 133 de coinfectados LV/HIV e 37 sem co-infecção. Desses casos o grupo de co-infectados apresentou 89,7% (115) do sexo masculino, sendo mais prevalente na faixa etária dos 30 a 39 anos. A maioria de ambos os grupos, residia no interior do estado com 57,1% (LV/HIV) e 79,3% (LV). Das queixas clínicas observadas na admissão dos pacientes, a Leishmaniose Visceral sem HIV apresentou a maioria delas, sendo febre e queda de cabelo as que apresentaram significância estatística. Na análise do exame físico na admissão dos pacientes, também, a Leishmaniose Visceral sem HIV apresentou a maioria das alterações, chamando atenção emagrecimento, febre, icterícia, hepatomegalia e esplenomegalia, sendo a dispneia a única exceção apresentada apenas nos pacientes co-infectados, com 13,5%(17). O diagnóstico de HIV antecedeu 2,6 anos o de Leishmaniose Visceral (p<0,001). As alterações laboratoriais não apresentaram diferença entre os grupos, exceto por linfopenia apresentada em 23,8% dos casos de pacientes co-infectados com Leishmaniose Visceral e HIV. A Leishmaniose Visceral, por outro lado, apresentou alteração significante nas taxas de transaminases, com aumento de 73% de AST e 57,3% ALT. O tratamento utilizado no grupo de co-infecção foi anfotericina B lipossomal na sua maioria, já no grupo de Leishmaniose Visceral utilizou-se Antimoniato de N-metil-metaglumina (Sbv) (p<0,001). Recidiva e óbito foram observados apenas nos casos de co-infecção com 38,3% (51) e 10,5% (14), respectivamente. Aos fatores associados para recidiva foi febre e para óbito foram encontrados como fatores associados e recidiva (p=0,029) emagrecimento (p=0,044), ureia (p=0,029) e creatinina (p=0,042). Conclusão: A Leishmaniose associada ao HIV apresentou-se com diversas sintomatologias clínicas, não mostrando, na maioria das vezes, a tríade clássica observada na Leishmaniose Visceral isolada, febre, pancitopenia e hepatoesplenomegalia. A co-infecção Leishmaniose Visceral e HIV foi a única síndrome que evoluiu com recidiva e óbito, sendo necessário conhecer os fatores de risco presentes na internação para redução desses desfechos.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE MEDICINA I/CCBS} }