@MASTERSTHESIS{ 2018:1992223842, title = {“O que é ruim para o aposentado é a falta de reconhecimento do que você foi”: as repercussões da aposentadoria na subjetividade de desembargadores inativos}, year = {2018}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2634", abstract = "A presente pesquisa teve como objetivo geral analisar as repercussões da aposentadoria na subjetividade do desembargador inativo. Para tanto, investigou-se os sentidos do trabalho e da aposentadoria para desembargadores inativos, bem como verificou-se elementos que se constituem como fonte de prazer e sofrimento para desembargadores inativos, identificando as razões pelas quais os desembargadores inativos retornaram ou não ao trabalho. Visando o alcance desses objetivos, optou-se pelo uso do referencial teórico da Psicodinâmica do Trabalho em articulação com o Materialismo Histórico-dialético. Sob esta perspectiva, o estudo constituiu-se de uma pesquisa bibliográfica e em uma pesquisa empírica com nove desembargadores aposentados. Trata-se de um estudo qualitativo, que teve como instrumento de coleta de dados uma entrevista semiestruturada e, para análise de dados, utilizou-se da Análise Crítica do Discurso (ACD), a partir de Fairclough. Constatou-se que o trabalho ocupava um lugar central e fundamental na vida dos entrevistados, quando estavam no cargo em questão, sobretudo, no aspecto da realização pessoal e do direcionamento da rotina. Aliado a isso, a existência de algumas peculiaridades do cargo de desembargador fazia com que o vínculo fosse ainda mais forte e complexo entre os participantes e o trabalho. Concluiu-se que a experiência do processo de aposentadoria causou uma ruptura na constituição da subjetividade dos entrevistados, exigindo novos modos de subjetivação a partir do lugar da inatividade. Diante desse cenário, inferiu-se que o principal fator desencadeante de sofrimento psíquico para os participantes na aposentadoria foi a falta de reconhecimento social. Logo, as perdas subjetivas e as angústias também foram experimentadas pelos desembargadores, embora sejam aposentados detentores de condições financeiras bastante confortáveis para os padrões da sociedade. Somado a isso, as falas dos desembargadores inativos refletiram bem as diversas faces da aposentadoria na medida que eles experimentaram desde o prazer do tempo livre, da liberdade, até sentimentos de inutilidade, isolamento social. Acrescenta-se, ainda, que os relatos dos entrevistados ratificaram que trabalho e aposentadoria são dois constructos interrelacionados, já que quanto mais o labor é importante para a vida do indivíduo, mais sofrido é o seu distanciamento do trabalho.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA/CCH} }