@MASTERSTHESIS{ 2019:2003287216, title = {As tramas do poder e seus reflexos no discurso feminino do início do século XX em Maria da Tempestade (1956), de João Mohana}, year = {2019}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2633", abstract = "Maria da Tempestade (1956), romance escrito pelo autor maranhense João Mohana, revela o contexto de uma época em que os valores familiares tradicionais eram colocados acima dos ideais de liberdade afetiva e independência. Bárbara, protagonista desta obra literária, mostra-se uma mulher à frente de seu tempo, já que possui anseios e ideais que não condiziam com aqueles atribuídos a uma mulher do início do século XX. Nos anos iniciais desse século, ideais que almejavam conferir mais direitos às mulheres faziam parte dos discursos em circulação. Simone de Beauvoir (2016) e outras autoras – e também ativistas – faziam parte de um cenário de protestos que buscava garantir maior participação das mulheres na vida social. Imersas nesse cenário de enfrentamentos, três personagens – três almas femininas – estabelecem relações conflituosas de poder uma com a outra. Para o filósofo Michel Foucault, a ideia de relações de poder se apoia no estudo de mecanismos produtores de ideias, palavras e ações. Para o poder se exercer através de mecanismos sutis, é imperativo organizar, formar e colocar em circulação um saber (FOUCAULT, 2003). Nessa perspectiva, este trabalho pretende discutir como as relações entre as personagens Bárbara, sua mãe Elisa e a senhora de vida decadente, Cora Mendes, estabelecem relações que veiculam poder e influenciam na constituição de suas respectivas subjetividades. Para tanto, os estudos de Michel Foucault, bem como alguns conceitos de análise do discurso serão utilizados a fim de melhor se compreender a formação discursiva e a produção de sentidos que estão em circulação no início do século XX, período em que se passa a narrativa. Para assegurar uma aproximação entre Literatura e Análise do Discurso, mobilizaremos as pesquisas realizadas por Dominique Maingueneau acerca do Discurso Literário. Segundo Maingueneau, o campo de estudo de uma produção literária constitui-se como um “sistema cujas diversas instâncias interagem: gênero de texto, intertextualidade, mídium, modo de vida dos escritores, posicionamento estético, cena de enunciação, temática, etc.” (MAINGUENEAU, 2016). Assim, busca-se analisar o discurso de três personagens mulheres que ocupam papéis centrais em Maria da Tempestade (1956), analisando a maneira como o discurso patriarcal influencia suas relações e as fazem exercer poder.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH} }