@MASTERSTHESIS{ 2011:549147167, title = {Interações entre estressores naturais e etinilestradiol no desenvolvimento larval de Physalaemus cuvieri (Anura: leiuperidae)}, year = {2011}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2467", abstract = "Existem populações de anfíbios declinando em várias partes do mundo, decorrentes de alterações ambientais causadas pelo homem. A contaminação aquática por desreguladores endócrinos, que agem interferindo na fisiologia dos animais e alteram as funções do sistema endócrino, pode ser um dos fatores que está contribuindo para esse declínio. Dentre os desreguladores, os hormônios oferecem perigo, pois podem agir durante o desenvolvimento larval dos anfíbios, que é um período crítico para a sobrevivência e o sucesso reprodutivo dos indivíduos. Esse perigo pode aumentar se existirem interações do hormônio com os estressores naturais que mantêm o equilíbrio das populações. O objetivo deste trabalho foi verificar os efeitos da contaminação pelo hormônio 17α-etinilestradiol e sua interação com estressores naturais em girinos, utilizando como modelo a espécie Physalaemus cuvieri. Para isso, foi montado um experimento fatorial para avaliar os efeitos do etinilestradiol em diferentes concentrações (0, 0,005 ou 2,5 µg/L) e suas interações com densidade (alta ou baixa) e predador (presente ou ausente). Para avaliar os efeitos dos tratamentos, foram utilizadas, como variáveis resposta, a sobrevivência até a metamorfose, sobrevivência dos girinos não metamorfoseados, presença de malformações, tamanho na metamorfose, tempo de desenvolvimento e razão sexual. Foi constatada a diminuição da sobrevivência na maior concentração e em densidade alta, sendo mais evidente nos 30 primeiros dias, indicando um efeito agudo do hormônio e um estresse causado pela maior densidade. A maioria dos girinos que completaram a metamorfose, estavam expostos as concentrações 0 e 0,005 µg/L dos tratamentos com densidade baixa e ausência do predador, o que reflete a ação do etinilestradiol na concentração de 2,5 µg/L e em densidade alta. Foram encontrados indivíduos com malformações (localizadas principalmente nos membros), no qual tiveram maior ocorrência nos tratamentos expostos a 0,005 µg/L de etinilestradiol e densidade baixa, o que pode está ligado as menores taxas de sobrevivência e seleção de indivíduos mais fortes nos tratamentos com maior concentração e densidade, além de um possível efeito crônico sobre os girinos expostos a menor concentração. Existe a hipótese que o etinilestradiol age sobre os mecanismos hormonais reguladores da metamorfose, através da inibição da tireóide, fato que explicaria o desenvolvimento mais lento dos girinos nos tratamentos com 0,005 e 2,5 µg/L e o predador, que também pode diminuir o metabolismo dos girinos. O tamanho na metamorfose foi maior nos tratamentos na presença de 2,5 µg/L e predador, fato ligado ao maior tempo de desenvolvimento e possível estimulação da produção de Prolactina e Hormônio do Crescimento pelo etinilestradiol. Não houve mudança na razão sexual dos tratamentos expostos ao etinilestradiol, quando comparados ao controle. Este estudo indica que a exposição de girinos de P.cuvieri ao estrogênio 17α-etinilestradiol junto com estressores presentes em comunidades naturais, altera o seu desenvolvimento normal de diferentes formas.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIODIVERSIDADE CONSERVAÇÃO/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA/CCBS} }