@PHDTHESIS{ 2018:333026051, title = {Atenção básica em saúde e mortalidade infantil no Brasil}, year = {2018}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2466", abstract = "A taxa de mortalidade infantil (TMI) é um dos principais indicadores de desenvolvimento socioeconômico e de condições de saúde de um território. Apesar da tendência e declínio, no Brasil, a TMI continuam elevadas, e se comparam às de países desenvolvidos no final da década de 70. O estudo teve por objetivos: 1) Avaliar as tendências nos indicadores de mortalidade infantil no Brasil, segundo regiões e unidades federativas; 2) Analisar a associação de características da APS com a TMI, através do método do geoprocessamento; 3) Analisar o efeito de diferentes componentes da estrutura das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e do processo de trabalho na atenção básica com o número de óbitos neonatais tardios, independente de fatores socioeconômicos e demográficos; 4) Analisar a eficiência da atenção básica na redução da mortalidade neonatal tardia, a partir da Análise Envoltória de Dados; e 5) Identificar metas a partir da estimativa de insumos e produtos para selecionar a unidade tomadora de decisão eficiente. Trata-se de um estudo ecológico de série temporal, cujas unidades de análise foram os 5565 municípios brasileiros. Os dados foram obtidos dos sítios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, do Departamento de Atenção Básica, da avaliação externa do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) e Monitoramento da Implantação e Funcionamento das Equipes de Saúde da Família 2002. As variáveis independentes desse estudo foram características socioeconômicas e demográficas dos municípios, dados sobre as demandas dos serviços de saúde e cobertura de saúde, e informações sobre a estrutura das UBS e processo de trabalho das equipes da APS. As variáveis dependentes foram a TMI e o número de óbito neonatal tardio (NONT). Foram realizadas análises de regressão linear de efeito misto com abordagem hierarquizada, análise envoltória de dados, e análise espacial, adotando o modelo de Regressão Geograficamente Ponderada. Para a primeira parte da Tese (artigo 1), evidenciouse que no Brasil houve uma redução de 45,07% da TMI entre os anos 2000 e 2015, sendo a maior redução na região Nordeste do país. Dos 749 municípios analisados no cluster diferencial para óbito infantil, 153 apresentaram alta TMI. As áreas com maior expansão de alta TMI foram nas regiões Norte e Nordeste. No Brasil, a TMI mostrou-se inversamente associada com a acessibilidade aos serviços de alta complexidade, estrato da gestão em saúde e porte populacional, referência para o parto, taxa de nascidos vivos, renda per capita e taxa de desemprego; e diretamente associada à infraestrutura das UBS. Na segunda parte da Tese (Artigo 2), teve-se como desfecho o NONT. Entre os anos de 2002 e 2014 houve diminuição de municípios eficientes na redução deste desfecho. O NONT foi diretamente associado com o número de nascidos vivos, taxa de desemprego e disponibilidade de vacinas nas UBS; e associação inversa com o ano, renda per capita, cobertura da estratégia de agentes comunitários de saúde, parto vaginal, e visita domiciliar. No ano de 2014, para tornar eficientes os municípios ineficientes, evidenciou-se maior investimento no número de parto vaginal em quase todos os estratos. Conclui-se que os óbitos em crianças são afetados por características da estrutura e processo de trabalho na APS. Investimentos na APS, especialmente na realização de partos vaginais, expansão da visita domiciliar e maior disponibilidade de vacinas do calendário vacinal básico, têm potencial efeito na redução dos óbitos infantis.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA/CCBS} }