@MASTERSTHESIS{ 2018:1083166072, title = {A desumanização pela razão instrumental na obra de André Carneiro}, year = {2018}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2419", abstract = "Os Séculos XVIII e XIX foram marcados pelas Revoluções Industriais. Em um período curto de tempo, a humanidade passou por diversas transformações político-sociais em decorrência de descobertas e inventos científicos. Entra-se no Século XX com o entusiasmo pela ideia de modernidade vinculada ao desenvolvimento industrial, porém tal entusiasmo logo é obliterado pelos inúmeros conflitos e barbáries que marcariam o Século XX como a “Era das ilusões perdidas", nas palavras do historiador Eric Hobsbawm (2002). Perguntam-se os filósofos Adorno e Horkheimer: “Por que a humanidade, em vez de entrar em um estado verdadeiramente humano, está se afundando em uma nova espécie de barbárie? (2006, p.11) A resposta dada na obra Dialética do esclarecimento, publicada em de 1944, vincula tais consequências ao predomínio cada vez mais totalitário de uma razão instrumental, operacionalizada em todo processo social. Assim, as relações em meio à sociedade capitalista adquiriram caráter reificado, relações entre coisas, enquanto oculta sua essência fundamental: a relação entre os homens (LUKÁCS, 2003). O presente estudo teve como objetivo analisar como se configura a crítica à ideia de progresso vinculada ao desenvolvimento técnicocientífico nas obras Diário da nave perdida (1963) e O homem que adivinhava (1966) de André Granja Carneiro, e como tal progresso aliado ao pragmatismo tecnicista veio a reprimir a emotividade, a sensibilidade, a afetividade e as demais formas sensíveis de comportamento humano, assim, culminando no processo de desumanização. Nessa perspectiva, foram utilizadas reflexões dos filósofos Adorno (2006), Horkheimer (2006, 2015), Lukács (2003) Guy Debord (1997), e os estudos do sociólogo Zygmunt Bauman (2004, 2008, 2011, 2014) sobre a modernidade líquida. Com o panorama crítico adotado, levantamos a questão históricofilosófica da invasão da racionalidade instrumental em diferentes esferas da vida, afetando as mais diversas experiências humanas, como as relações sociais e afetivas. Questão esta que surge também em tratamento literário da ficção científica do autor paulista André Granja Carneiro, refletindo sobre as implicações da racionalidade instrumental, quando passa a comandar os relacionamentos, as escolhas, os anseios e o modo de ser dos indivíduos na sociedade. A literatura deste modo legitima-se como um produto artístico fomentador de questões filosóficas, portadora de conteúdo reflexivos sobre a realidade", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH} }