@MASTERSTHESIS{ 2018:560256206, title = {BIOATIVIDADE DE PLANTAS PARA O CONTROLE DE PARASITOS: ESTUDO DE BIOPROSPECÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA VEGETAÇÃO DE RESTINGA.}, year = {2018}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2384", abstract = "Parasitos causam grandes perdas à pecuária na produção de ruminantes, destacando-se o nematódeo Haemonchus contortus e o carrapato Rhipicephalus microplus como principais agentes de doenças parasitárias nos países tropicais. As medidas convencionais de controle destes organismos são cada vez mais ineficazes, tornando iminente o desenvolvimento de novas estratégias. Investigação de recursos vegetais para este fim tem obtido resultados satisfatórios configurando-os como uma importante alternativa, no entanto espécies vegetais oriundas de ambientes ameaçados são pouco exploradas nestes estudos de bioprospecção. Neste contexto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar o potencial antiparasitário de extratos de plantas da restinga sobre larvas de H. contortus e de R. microplus utilizando duas diferentes abordagens para a seleção das espécies a serem investigadas. Na primeira abordagem, foram considerados critérios pré-estabelecidos (dados vegetacionais) para a seleção de 19 espécies vegetais de uma restinga do nordeste brasileiro, situada no município de São José de Ribamar, no Estado do Maranhão (02°28’23” S, 044°03’13.8” W), cujas folhas foram coletadas e utilizadas na produção de extratos hidroetanólicos. Inicialmente, estes extratos foram diluídos em metanol 2% a uma concentração única de 1.200 μg/mL e testados in vitro por meio de Testes de inibição do desembainhamento larvar sobre larvas de H. contortus. Em seguida, os extratos que apresentaram eficiência igual ou maior que 50% foram submetidos a novos Testes de inibição do desembainhamento larvar, nas concentrações de 1200, 600, 300, 150 e 75 μg/mL, diluídos em metanol 2%. Para cada tratamento foram calculadas as concentrações inibitórias (CI50) no software GraphPad Prism 6.0, com intervalo de confiança de 95% (IC95%). Oito extratos apresentaram efeito inibitório maior que 50% na triagem inicial. Na diluição seriada, Terminalia lucida destacou-se com a menor concentração inibitória (CI50=53 μg/mL), seguida de Conocarpus erectus (CI50= 340 μg/mL), Indigofera microcarpa (CI50= 351 μg/mL) e Paullinia pinnata (CI50= 368 μg/mL). Na segunda abordagem, selecionou-se uma espécie vegetal da restinga (Ipomoea imperati) com relatos de uso empírico no controle de doenças parasitárias de importância veterinária para investigação de eficácia in vitro sobre R. microplus e H. contortus. Extratos hidroetanólicos das folhas e do estolão de I. imperati foram analisados por técnicas cromatográficas e espectroscópicas para a detecção dos metabólitos secundários. Além disso, estes extratos foram avaliados in vitro em Testes de imersão larvar contra o carrapato R. microplus usando concentrações que variaram entre 5.0 e 25.0 mg/mL, diluídos em etanol a 70%; e em Testes de inibição do desembainhamento larvar contra H. contortus, nas concentrações de 1.2, 0.6, 0.3, 0.15, 0.07 mg/mL, diluídos em metanol a 2%. A eficiência dos extratos foi demonstrada em cada teste, respectivamente, através de cálculos de concentração letal (CL50) e de concentração inibitória (CI50). Os extratos de I. imperati não apresentaram atividade relevante sobre R. microplus. Houve atividade significativa somente para o extrato das folhas de I. imperati sobre larvas de H. contortus, cujo efeito inibitório foi de CI50=220 μg/mL. A presença de substâncias como procianidinas, kaempferol, isoquercitrina e rutina possivelmente contribuíram para o efeito anti-helmíntico observado para este extrato. Os resultados obtidos demonstram que a restinga contém espécies vegetais com potencial promissor no controle larvar de H. contortus.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIODIVERSIDADE CONSERVAÇÃO/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA/CCBS} }