@MASTERSTHESIS{ 2018:508763474, title = {Estratigrafia, morfodinâmica e evolução de um esporão arenoso em ambiente macromaré: Ponta da Areia, São Luís-MA}, year = {2018}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2325", abstract = "A praia da Ponta da Areia localiza-se na margem leste da Baía de São Marcos, na orla oceânica do município de São Luís, sendo dominada por um regime de macromaré com variação de até 6 m. Como medida de mitigação dos processos erosivos nesta orla, foi construído um espigão costeiro transversal à linha de costa, totalizando 560 m de enrocamento. Esta construção resultou numa progradação artificial da praia/antepraia a montante do espigão. A origem e evolução holocênica deste compartimento litorâneo encontra-se vinculada à formação de uma barreira de esporão de promontório ancorada em afloramentos das falésias da Formação Alcântara. Este esporão arenoso desenvolve-se zonalmente como resultado do transporte de sedimentos pela deriva litorânea, de nordeste para sudoeste. Seu prolongamento é interrompido pelo efeito espigão hidráulico, ocasionado pelo prisma de maré na desembocadura do Rio Anil. Este trabalho objetiva estabelecer um modelo evolutivo para o sistema de barreiras costeiras holocênicas bem como o reconhecimento estratigráfico das alterações antrópicas e naturais na localidade do esporão arenoso da Ponta da Areia. Para alcançar este objetivo foram realizados monitoramentos mensais através de perfis topográficos em setores expostos a erosão e acresção, e experimentos de transporte eólico e por deriva litorânea a montante do espigão. Também foram executadas 3 sondagens geológicas (percussão e vibracore), duas no compartimento progradacional da praia e uma no compartimento retrogradacional (erosivo) da praia. O registro SP1 obteve 4,20 m de registro sedimentar interceptando em sua base uma fácies arenosa com cascalho litoclástico análoga a um lag transgressivo, limitada no topo por uma superfície de ravinamento por ondas (SR). Esta superfície representa os estágios erosivos deste litoral quando ainda não se fazia presente a obra de engenharia (espigão) e o sistema de barreira de esporão de promontório retrogradava em direção ao continente sobre um complexo lagunar na retrobarreira do mesmo. Acima desta fácies tem início a fase progradacional da barreira costeira, desencadeada pela construção do espigão e sobrepondo a SR com areias finas da praia/antepraia. A sondagem SP2 representa a continuidade do transect em direção ao oceano e a extremidade offshore do espigão. Seu registro sedimentar é de 4,90 m e comporta a fase progradacional mais recente deste litoral. Intercepta duas fácies sedimentares uma da antepraia inferior na posição basal do testemunho com intercalações de lentes de silte e uma fácies superior relacionada à praia/antepraia. A sondagem SV1 de 3 m de registro comporta a evolução de um sistema laguna barreira retrogradacional há 7.240 ±30 cal. anos A.P. ocasionado pela migração da barreira de esporão de promontório da Ponta da Areia em direção do continente. Este morfotipo de barreira costeira sempre se encontrou ancorado num sistema de falésias, no entanto ele evolui retrogradando sobre um complexo lagunar de retrobarreira, a antiga laguna da Jansen. Num contexto evolutivo, a antiga paleolaguna foi colmatada pelo processo de retrogradação, originando um igarapé (Igarapé da Jansen), que nos anos 70 foi artificialmente alagado dando origem à atual Lagoa da Jansen. Os dois testemunhos na fase progradacional da Praia da Ponta da Areia registram o engordamento do sistema praial num local que antes se caracterizava por apresentar retrogradação/erosão, enquanto a sondagem a vibracore realizada no setor mais erosivo do esporão, registra o comportamento original deste segmento litorâneo, isto é, retrogradação/erosão. A intervenção antrópica ocasionada pela construção do espigão conseguiu coibir até então a erosão costeira até o setor intermediário da praia, enquanto que os setores localizados na zona de sombra do espigão costeiro e do espigão natural ainda apresentam seus compartimentos expostos a erosão e destruição da orla litorânea.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM OCEANOGRAFIA}, note = {DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA E LIMNOLOGIA/CCBS} }