@MASTERSTHESIS{ 2018:994134066, title = {MICROCEFALIA EM RECÉM-NASCIDOS: ANTES E APÓS EPIDEMIA PELO VÍRUS ZIKA.}, year = {2018}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2214", abstract = "As microcefalias constituem um achado clínico caracterizado por um perímetro cefálico (PC) inferior ao esperado para idade e sexo (PC menor que -2 desvio padrão abaixo da média). Podem ser identificadas no nascimento (microcefalia congênita) ou após o parto (microcefalia secundária). Quando na microcefalia o crescimento do cérebro não acompanha o crescimento do resto do corpo do recém-nascido (crescimento somático) é então denominada de microcefalia desproporcional e quando o PC for menor que -3 desvio padrão para a idade gestacional e o sexo é caracterizada como uma microcefalia grave. As causas de microcefalia são múltiplas, porém as infecções intrauterinas são mais frequentes, como por exemplo: sífilis, rubéola, citomegalovírus, vírus herpes simples e mais recentemente o vírus Zika (ZIKV). No final de 2015 houve um aumento inesperado no número de microcefalia em recém-nascidos no Brasil, e como principal suspeita a transmissão vertical do ZIKV. Mediante essa situação tivemos como objetivo geral analisar a prevalência de microcefalia, microcefalia grave e microcefalia desproporcional em relação ao peso e comprimento em recém-nascidos em Ribeirão Preto/SP e em São Luís/MA, antes (2010) e após (2016) a epidemia pelo vírus Zika. E como objetivos específicos: estimar a prevalência de microcefalia e de microcefalia grave ao nascer em Ribeirão Preto e em São Luís; comparar a prevalência de microcefalia e de microcefalia grave, de acordo com a proporcionalidade em relação ao comprimento e ao peso do recém-nascido em Ribeirão Preto e em São Luís; e comparar o número de casos de microcefalia e de microcefalia grave esperados com os ocorridos em Ribeirão Preto e em São Luís. Para isso foi realizado um estudo transversal, com dados coletados em maternidades no ano de 2010 (Estudo de Coortes Brasileiras em Ribeirão Preto e São Luís) e em 2016. Para a amostra do estudo em 2010 foram incluídos os recém-nascidos de parto hospitalar de cinco maternidades em Ribeirão Preto e quatro em São Luís, de mães residentes nos municípios em estudo, de janeiro a dezembro. Em 2016 foram coletados os dados nas mesmas maternidades utilizadas no primeiro ano da pesquisa. Foram incluídos todos os nascidos vivos com mais de 500g ou 20 semanas de idade gestacional. As variáveis utilizadas foram sexo, perímetro cefálico, peso, comprimento dos recém-nascidos e a idade gestacional ao nascimento. As variáveis quantitativas categóricas foram apresentadas por frequências e porcentagens e a normalidade das variáveis numéricas foi verificada pelo teste Shapiro Wilk, análise de Boxplot e histograma; como todas apresentaram distribuição normal foram apresentadas em média e desvio padrão. A medida de proporcionalidade entre o perímetro cefálico e o z-score do comprimento ou peso foi calculada para descobrir se o crescimento da cabeça não acompanhou o crescimento somático. Para o cálculo das estimativas do número de casos esperados de microcefalia e microcefalia grave, utilizou-se a seguinte fórmula: prevalência do número de casos vezes o número de nascidos vivos nos respectivos anos (notificados pelo SINASC) dividido por 100. Nas análises estatísticas comparou-se as prevalências com o teste Qui-quadrado para amostras independentes; para todas as análises foi considerado nível de significância de 5%. Os dados foram analisados no programa STATA®14. Utilizando os critérios do Ministério da Saúde, em Ribeirão Preto a prevalência de recém-nascidos com microcefalia ao nascimento foi de 3,15% em 2010 e 1,67% em 2016; a prevalência de microcefalia grave foi de 0,75% em 2010 e 0,43% em 2016. Na cidade de São Luís, em 2010, 4,12% nasceram com microcefalia e 0,78% com microcefalia grave; em 2016 a prevalência de microcefalia diminuiu para 1,65% e a de microcefalia grave para 0,32%. Pelo critério da INTERGROWTH 21th a prevalência de microcefalia grave foi maior em 2010 quando comparada com 2016, nas duas cidades em estudo e a queda da prevalência de microcefalia foi mais expressiva em São Luís. Quanto aos recém-nascidos com microcefalia em 2010, 1,57% apresentavam microcefalia desproporcional em relação ao comprimento e 1,80% em relação ao peso na cidade de Ribeirão Preto; em São Luís os valores foram mais elevados, 2,73% em relação ao comprimento e 2,94% em relação ao peso. Observamos que nas duas cidades em estudo o número esperado de casos de microcefalia ao nascimento foi maior que o número total de casos ocorridos. Concluímos que a prevalência de microcefalia e de microcefalia grave foi maior antes da epidemia pelo vírus Zika (2010), comparado com 2016; dentre esses recém-nascidos a maior prevalência foi da microcefalia desproporcional em relação ao crescimento somático nas duas cidades nos períodos estudados e o número de casos que ocorreram em ambas as cidades foi menor que o número de casos esperados.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE MEDICINA I/CCBS} }